58 pessoas morreram de dengue neste ano no PR, segundo a Saúde

Redação PH

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58 pessoas morreram de dengue neste ano no PR, segundo a Saúde

Mais uma pessoa morreu de dengue no Paraná, de acordo com novo informe técnico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta terça-feira (21). Agora, são 58 mortes, desde janeiro deste ano. Além disso, o número de casos confirmados da doença e de cidades em epidemia também cresceu: são 52.237 novos casos e 82 municípios endêmicos.

O período epidemiológico começou a ser analisado pela Sesa em agosto de 2015, mas as mortes ocorreram a partir de janeiro deste ano. O novo óbito foi registrado em Paranaguá, no litoral, uma das cidades mais atingidas pela doença.

Até terça da semana passada, eram 51.615 casos confirmados de dengue e 81 municípios com epidemia. Goioerê, no noroeste, passou a constar na lista.

Das 399 cidades do estado, 316 apresentam casos confirmados de dengue. Para um município estar em epidemia, é levado em consideração o número de casos de dengue registrados na cidade – no caso de mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes, já é considerada situação epidêmica.

Vírus da zika e chikungunya

Os números de casos confirmados do vírus da zika e de chikungunya apresentaram uma diferença. Segundo a Sesa, houve um erro de contagem e, por essa razão, os números diminuíram. Até a semana anterior, eram 75 casos confirmados de chikungunya e 324 do vírus da zika.

Conforme o novo boletim, são 73 casos confirmados de chikungunya e 315 do vírus da zika.

Veja a lista das cidades com epidemia de dengue:

Paranaguá, Assaí, Rancho Alegre, Santa Cecília do Pavão, Medianeira, Santa Terezinha de Itaipu, Mamborê, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Ibiporã, Boa Vista da Aparecida, Munhoz de Mello, Porecatu, Sarandi, Santa Helena, Capanema, Cambará, Quedas do Iguaçu, Cafelândia, Itambaracá, Pérola D'Oeste, Leópolis, Jataizinho, Pérola, Bela Vista do Paraíso, Iguaraçu, Ubiratã, Marialva, Ampére, Colorado, Corbélia, Nova Santa Rosa, Santo Antônio do Paraíso, Paiçandu, Serranópolis do Iguaçu, Itaipulândia, Braganey, Planalto, Tapira, São Sebastião da Amoreira, Londrina, Sertanópolis, Floresta, Cruzeiro do Sul, Maringá, Capitão Leônidas Marques, São Jorge do Ivaí, Santa Isabel do Ivaí, Antonina, Matelândia, Centenário do Sul, Santa Fé, Cambé, Nova Cantu, Realeza, Mandaguaçu, Mandaguari, Ivatuba, Florestópolis, Ivaiporã, Nova Aliança do Ivaí, Porto Rico, Guaraci, Jardim Olinda, Astorga, Santa Izabel do Oeste, Jesuítas, Terra Roxa, Santo Antônio do Caiuá, Toledo, Entre Rios do Oeste, Missal, Atalaia, Tuneiras do Oeste, Ouro Verde do Oeste, Jaguapitã, Ipiranga, Maripá, Céu Azul, Paranapoema, Nova Esperança do Sudoeste e Goioerê.

Vacina contra a dengue

Na quinta-feira (16), o Governo do Paraná anunciou que vai fornecer inicialmente 500 mil vacinas contra a dengue. Segundo a administração estadual, o Paraná será o primeiro estado da América Latina a tomar esta decisão. A medicação foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de 2015.

O governo informou que espera a definição sobre o preço da dose para finalizar a compra das vacinas. Isso cabe à câmara de regulação do Mercado de Medicamentos da Anvisa. Vale destacar que a vacina não protege contra os vírus Chikungunya e Zika, transmitidos pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti.

Segundo o governo estadual, os gastos direto e indireto com o combate à doença chegam a R$ 200 mil anuais. A Secretaria de Saúde afirma que o intuito é reduzir sistematicamente o número de pessoas contaminadas. O governo afirma ter bloqueado R$ 25 milhões do orçamento para a aquisição das vacinas. A quantia é uma estimativa do que deve ser gasto.

Eficácia

Estudos clínicos demonstraram que a vacina foi capaz de reduzir em 60,8% o número de casos de dengue em um estudo que envolveu quase 21 mil crianças e adolescentes da América Latina e Caribe. Em outro estudo, feito com mais de 10 mil voluntários da Ásia, a vacina conseguiu reduzir em 56% o número de casos da doença.

Outro estudo, feito a partir de uma análise combinada dos testes clínicos na Ásia e na América Latina, concluiu que a vacina é mais eficaz a partir dos 9 anos de idade. A partir dessa faixa etária, a vacina é capaz de proteger 66% dos indivíduos contra a dengue.

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