100% Conservadores -Grupo de MT difunde nomes para dar governabilidade a Bolsonaro 

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Lucas Perrone

100% Conservadores -Grupo de MT difunde nomes para dar governabilidade a Bolsonaro 

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Baseado fortemente em valores como Deus, Pátria, Família e Liberdade, um grupo mato-grossense formado por homens e mulheres não políticos, líderes e integrantes de vários setores da sociedade, chamado 100% Conservadores, ou G-100%, foi criado nesta eleição com a finalidade de orientar os eleitores de direita a escolherem nomes que formem um parlamento que possa dar governabilidade ao almejado segundo mandato à presidência da República de Jair Bolsonaro (PL).
O G-100% já vem se reunindo há vários meses, virtual e presencialmente, e atualmente já conta com mais de 200 membros envolvidos, de mais de 30 municípios de Mato Grosso. Após todo esse período analisando o complexo sistema eleitoral brasileiro, eles decidiram por colocar em prática a estratégia dos eleitores saberem identificar quais candidatos e partidos coadunam com os mesmos valores do grupo do presidente Jair Bolsonaro, e que realmente vão dar sustentação em seu possível segundo mandato, sem a ameaça de abandonarem esses propósitos após eleitos.
Representando o G-100% Conservador, o empresário e produtor rural Aníbal Laurindo, o empresário Delmo Albres, o médico veterinário Mauro Ferreira e a universitária Juliana Nepomuceno anunciaram ao A TRIBUNA a intensificação das ações do grupo nesta última semana da campanha, tornando pública essa iniciativa, que segundo eles, tem começo agora em 2022 e que pretende se tornar perene em prol da construção de um “Brasil decente”, atuando, por exemplo, nas eleições municipais de 2024, ajudando a apontar nomes para vereadores, bem como lutando por projetos como o voto distrital puro.
Eles afirmam que, na verdade, essa é uma iniciativa pretensiosa para mudar o Brasil, de como se enxerga a política no país. “O Brasil chegou na situação de hoje, porque nós deixamos os governos tomarem conta sozinho; votamos simplesmente e deixamos os eleitos sem serem acompanhados”, argumenta um dos líderes do G100% Conservador, Aníbal Laurindo, apontando que é preciso, além de saber em quem votar, ficar atento aos trabalhos dos parlamentares e cobrar sempre a devida prestação de contas dos seus atos.
Nessa perspectiva, eles observam que Jair Bolsonaro foi eleito em 2018 para trazer de volta o poder ao povo, fazer reformas e acabar com a corrupção sistêmica, mas encontrou um Congresso majoritariamente comprometido com seus próprios interesses, barrando mudanças, projetos estruturantes e, cuja força política desviada dos interesses da sociedade, ainda contou com o apoio do Poder Judiciário. “A gente percebeu que, a despeito da grande votação que o presidente Bolsonaro teve aqui no Mato Grosso, o Estado elegeu oito deputados federais, dos quais apenas dois apoiam o presidente e seu governo. Elegemos dois senadores, mas nenhum deles apoia o presidente”, afirmaram Mauro Ferreira e Delmo.
Nesse contexto, analisando candidatos, partidos e suas ações, o G-100% enfatiza que o senador Wellington Fagundes (PL), apesar de estar no partido do presidente, não representa os valores do grupo. Cita o exemplo do vídeo em que ele pede apoio para a candidata a deputada federal Dona Neuma, PSB, de esquerda e abertamente apoiadora do Lula (PT). “É um tipo de pessoa que não tem lado político, só tem o lado dele; não está nem aí com os valores da sociedade. Prova disso é que ele estava no Congresso durante todo esse período que o Brasil foi saqueado de forma vil e covarde pelo PT e não combateu com veemência aquele estado de roubalheira”, justifica Mauro.
O produtor rural Aníbal Laurindo diz que o deputado estadual Delegado Claudinei, que também pertence ao PL, não recebe agora o aval do grupo, pois argumenta que foi apoiado pela militância bolsonarista nas últimas eleições, mas depois de eleito formou um bloco parlamentar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso para votação de projetos, com cinco deputados, e, para espanto deles, dois deputados que compõem o bloco são do PT. Os membros entendem que atitude sem consistência política ideológica como essa caracteriza estelionato eleitoral.
O G-100% reforça que foram muitas as discussões e análises visando a identificação de nomes que tivessem o perfil que pudesse assumir o compromisso com a pauta conservadora nos costumes e liberal na economia. Assim, seus membros sugerem aos eleitores alguns nomes que podem representar bem a sociedade na Câmara Federal, sendo o José Medeiros, Dalton Martini, Amália Barros, Nelson Barbudo, Coronel Zózima, Abílio, Michel Pagno e Victório Galli. Para o Senado, os trabalhos realizados sugerem o nome de Antônio Galvan (PTB), que é representante do agronegócio, de direita, e amigo do presidente Jair Bolsonaro.
Apesar dos nomes sugeridos estarem centrados no PL e PTB, o G-100% pondera que há bons nomes de candidatos comprometidos com Bolsonaro em outros partidos menores, mas que não estão na lista porque, na sua avaliação, não têm chances de eleição em função de serem candidatos com menor expressão. Por outro lado, entendem que há bons nomes que congregam os mesmos valores do grupo, mas que estão em partidos que não estão na base de apoio ao governo Bolsonaro, o que inviabiliza o candidato, já que o mandato do parlamentar pertence ao partido e não ao deputado – e o partido não estando na de base do governo proíbe o mesmo de votar, por mais boa intensão que o tenha.
O G-100% promete continuar acompanhando de perto as ações dos oito deputados federais eleitos pelo Estado e dos três senadores, emitindo e divulgando, através das redes sociais para todo Mato Grosso, relatórios bimestrais sobre as ações dos parlamentares. Também está produzindo pequenos
filmes orientativos para ajudar os eleitores na hora da escolha do candidato, que podem ser disseminados nas redes sociais. Quem quiser saber mais desse projeto ou se tornar mais um membro há a seguinte página no Instagram @grupo100_mt.

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