WWF-Brasil e Nascentes do Xingu assinam termo de cooperação para preservação do Pantanal

WWF-Brasil e Nascentes do Xingu assinam termo de cooperação para preservação do Pantanal

Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal – movimento de dezenas de entidades pela conservação da água doce – completa três anos de existência. Para comemorar, a ONG WWF-Brasil e a Nascentes do Xingu assinaram nesta quinta-feira (07),  um termo de cooperação que prevê ações de conservação e educação ambiental.

O Pacto é um movimento voltado à conservação e recuperação das cabeceiras do Pantanal, em Mato Grosso, região onde nascem as águas responsáveis por alimentar a maior área úmida do planeta e que se encontra em alto risco. Até o momento, ofoco foram as nascentes e os rios Jaurú, Sepotuba, Cabaçal e Paraguai, da bacia hidrográfica do Alto Paraguai, uma das mais importantes para o Pantanal e para sua sobrevivência.

Segundo Breno Melo, analista de conservação do WWF-Brasil, Mato Grosso conta hoje com cerca de 50 signatários e o engajamento de empresas dos setores público e privado são de suma importância para o projeto.

“Este termotraz uma junção de atribuições. Além de ações voltadas para a comunicação, estão previstas ações em projetos, estudos, pesquisas e capacitação de pessoal em ações de campo. Um exemplo é o engajamento com a “Hora do Planeta”, movimento anti-aquecimento global da WWF que mobiliza a sociedade desde 2007”, explica.

O termo traz ainda em seu escopo o apoio à criação e fortalecimento de Comitês de Bacia, com ações de sensibilização e de suporte ao desenvolvimento e aplicação dos instrumentos de gestão e monitoramento da governança hídrica; divulgação de datas promocionais da conservação do Pantanal como “Dia Mundial das Áreas Úmidas”, “Dia Mundial da Água”, “Dia Mundial do Meio Ambiente”, “Dia Mundial dos Rios” e “Dia do Pantanal; apoio à implementação de ações de sustentabilidade ao Pacto e divulgação do mesmo nas ações de Educação Ambiental da empresa.

“Nosso intuito é que cada vez mais o Pacto seja sustentável, e que cada signatário seja responsável por ações que impactem positivamente o meio ambiente. Esta é uma plataforma de vários atores mato-grossenses, e o papel da WWF é de facilitar este processo”, explica Breno.

Segundo o presidente da Nascentes do Xingu, Julio Moreira, conscientizar a população é tão importante quanto captar recursos para solucionar impactos ambientais. “Hoje contamos com uma grande abrangência das ações da Nascentes do Xingu em nossos polos de atuação, mas são necessárias uma maior representação em palestras e ações socioeducativas.

Nosso intuito é contribuir nas cidades com a formação de renda das famílias, do jovem e do adolescente, por meio de cursos e capacitações nas mais diversas áreas”, aponta.

“Além de coletar a água e distribuí-la, coletar o esgoto e devolvê-lo com qualidade, estamos cada vez mais caminhando para projetos cuja abordagem será mais próxima e participativa junto à população local. A abordagem será nas áreas de educação, saúde e formação de rendavinculados à questão ambiental, que é a base do nosso projeto”, explica Moreira.

Nos próximos meses Mato Grosso contará com diversas ações vinculadas ao Pacto. Entre elas estão previstas novas parcerias da WWF em Tangará da Serra, a distribuição de gibis socioeducativos nas cidades onde atua, além da realização de um Fórum com a participação de personalidades públicas, incluindo candidatos ao governo do Estado, que poderão expor suas propostas para o tema.

Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal

As ações dos parceiros envolvidos do Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal já resultaram em 126 nascentes em recuperação, sete viveiros florestais em funcionamento, mais de 150 quilômetros de estradas rurais ambientalmente adequadas, municípios como Mirassol D’Oeste e Tangará da Serra eleitos pela Agência Nacional de Águas (ANA) para receber recursos financeiros para implementação de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

Mais de 40 famílias beneficiadas com a instalação de biofossas nas zonas rurais, além da realização de palestras educativas em escolas municipais e estaduais para orientar crianças e jovens sobre a necessidade de cuidar, preservar e reciclar.

Ainda, movimentou ações de limpeza de rios em que foram retiradas somente em 2018 mais de 8 toneladas de lixo.

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