O volume de vendas no comércio recuou 0,8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quinta-feira. Este é o pior índice para os três primeiros meses do ano desde 2003, quando teve retração de 6,1%. Para os meses de março, o varejo também apresentou o desempenho mais baixo, de 0,9% negativo, desde 2003, quando caiu 2,4%.
Trata-se do segundo mês consecutivo que registra queda neste ano – em fevereiro, caiu 0,4%, e em janeiro, subiu 0,3%. Em relação à receita nominal das vendas, houve baixa de 0,4% em março ante fevereiro. Nos dois meses anteriores, o índice havia ficado positivo. No acumulado de doze meses até março, houve um incremento no volume de vendas de 1%.
O varejo ampliado, que inclui também a comercialização de veículos, motocicletas e materiais de construção, também manteve a tendência de queda, registrando recuo de 1,6% para o volume de vendas e de 1,5% para a receita nominal.
Sete das dez atividades comerciais verificadas pelo instituto venderam menos em março. O setor de veículos, motos e peças foi o que teve o maior recuo, com 4,6%, seguido por móveis e eletrodomésticos (-3,0%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%). As atividades que registraram desempenho positivo foram as de combustíveis e lubrificantes (2,8%), artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%) e artigos farmacêuticos e de perfumaria (1,2%).
Os dois principais fatores que explicam os resultados negativos do setor são a falta de confiança do consumidor diante da crise econômica e a restrição ao crédito.