Tião Carreiro é homenageado no último dia do Encontro de Violeiros de Poxoréu

Redação PH

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tião carreiro é homenageado no último dia do encontro de violeiros de poxoréu

Tião Carreiro é homenageado no último dia do Encontro de Violeiros de Poxoréu

Um dos maiores cantores da música sertaneja de raiz foi homenageado, na noite deste sábado (2), durante o encerramento do 13ª edição do Encontro Nacional de Violeiros de Poxoréu. Familiares de José Dias Nunes, mais conhecido como Tião Carreiro, que morreu em São Paulo no dia 15 de outubro de 1993, foram ao encontro receber a homenagem das mãos da prefeita da cidade, Jane Rocha.

Para a prefeita a homenagem é mais do que justa, já que Tião Carreio foi um dos responsáveis da popularização da música raiz. “Ele era auto ditada, aprendeu sozinho e criou o pagode em Brasília. Essa batida mudou a história da música raiz no Brasil. Pra mim ‘fechou’, Tião Carreiro tinha que ser homenageado na festa em Poxoréu”, afirmou.

A esposa de Tião Carreiro, dona Nair Avanço Dias, a filha Alexmarli Dias e o neto Renan Rodrigues da Silva subiram ao palco do Encontro de Violeiros para receberem a justa homenagem. “O meu pai deixou um rastro, deixou uma marca que até hoje, 22 anos após a morte de Tião Carreiro, ele é relembrado e falado”, disse emocionada Alexmarli.

A filha de Tião Carreiro disse a reportagem do site Primeira hora que no ano que vem pretende voltar ao Encontro de Violeiros de Poxoréu para trazer um acervo com a história do cantor.

Tião Carreiro nasceu em Montes Claros no dia 13 de dezembro de 1934 e faleceu em São Paulo, 15 de outubro de 1993. Foi um cantor brasileiro de música sertaneja de raiz, de modo que muitas duplas são influenciadas por sua música.

Criado numa fazenda nos arredores de Araçatuba/SP, começou a tocar violão ainda pequeno, com oito anos de idade, quando também já cuidava do arado e dos afazeres na roça. Aprendeu a tocar viola na adolescência, praticamente sozinho, sem nunca ter tido um professor. Isto porque em 1950, com apenas 13 anos, Tião Carreiro trabalhava no Circo Giglio, onde já cantava em dupla com seu primo Waldomiro da dupla Palmeira e Coqueirinho.

O dono do circo dizia que "dupla de violeiros tinha que tocar viola" enquanto que na época, Tião tocava violão. No mesmo ano, o mesmo circo apresentava em Araçatuba a dupla Tonico e Tinoco. E enquanto os irmãos estavam no hotel, Tinoco havia deixado sua viola no circo e Tião aproveitou para "decorar a afinação escondido".

Tião Carreiro cantou em diversas duplas, tendo adotado diferentes nomes artísticos, tais como Zezinho (com Lenço Verde), Palmeirinha (com Coqueirinho) e Zé Mineiro (com Tietezinho).

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