Supercomputador que faz pesquisa sobre o vírus da Zika pode parar

Redação PH

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Supercomputador que faz pesquisa sobre o vírus da Zika pode parar

A pesquisa do mapeamento genético do vírus da Zika e outras cinco que estão em análise através do Supercomputador Santos Dumont, instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) em Petrópolis, Região Serrana do Rio, estão ameaçadas. Segundo o diretor de Tecnologia da Informação do LNCC, Wagner Leo, o desligamento do equipamento pode ocorrer em setembro, caso o Governo Federal não ofereça aporte financeiro. O custo mensal para o funcionamento da máquina é de R$ 500 mil.

O equipamento foi inaugurado em janeiro deste ano com um investimento de R$ 60 milhões. O problema é que, segundo a direção do laboratório, os recursos enviados pela União não contemplam os gastos com energia elétrica. A conta fica em média R$ 6 milhões por ano. A máquina, que tem capacidade para fazer 50 pesquisas simultaneamente, realiza apenas seis, como forma de economizar energia e evitar o aumento do custo.

“Não temos condições de explorar toda a sua potência porque, se fizermos isso, não vamos dar conta de pagar os custos gerados pelo Supercomputador”, explicou o diretor do LNCC, Augusto Gadelha. Além das seis pesquisas realizadas atualmente por meio da tecnologia, outras 75 estão na fila.

Além de interromper pesquisas importantes, a falta de funcionamento pode causar danos irreparáveis ao Supercomputador –a máquina é uma das quatro brasileiras entre os mais rápidos do mundo em 2016.

Crise

De acordo com o diretor de Tecnologia da Informação do LNCC, Wagner Leo, os recursos repassados pelo Governo Federal não são suficientes para arcar com a conta de energia até o fim do ano. “Caso nenhum aporte seja feito, em setembro poderemos trancar as portas da instituição porque não teremos como continuar funcionando”, explicou. Segundo Gadelha, o governo interino prometeu repassar R$ 4,6 milhões ao LNCC, mas até agora o recurso não foi disponibilizado.

Por meio de nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações informou que destinou um orçamento para este ano de R$ 8,121 milhões ao LNCC.

"O valor cobre os custos do Instituto até os próximos meses e já negocia (o McTI) com a área econômica uma suplementação orçamentária, já tendo sido solicitado o valor adicional de R$ 4,65 milhões, que está em análise no Ministério do Planejamento", pontua a nota, que acrescenta:

"Como o LNCC está recebendo regularmente a sua parte orçamentária, o Ministério espera que o equipamento retorne ao seu funcionamento pleno para não prejudicar as pesquisas e projetos desenvolvidos por esse importante centro".

O supercomputador tem capacidade de realizar 1,1 quatrilhão de operações de soma e subtração por segundo. É considerado o maior da América Latina e está entre os 10 maiores do mundo. Ele possibilita que projetos feitos antes no exterior sejam realizados no Brasil. Disponível para comunidade científica, o equipamento teve o investimento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico.

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