Sociedade Civil se une na elaboração do Plano Nacional de Combate à Corrupção

Redação PH

Redação PH

sinfra pavimenta mt-336 e leva asfalto para santo antônio do leste

Sociedade Civil se une na elaboração do Plano Nacional de Combate à Corrupção

A promoção da ética e o combate à corrupção tornaram-se foco da sociedade brasileira esta semana. Segundo pesquisas realizadas, recentemente, por veículos de comunicação como Jornal Folha de São Paulo, a corrupção é considerada, hoje, o maior problema a ser enfrentado no Brasil. Fazer esse enfrentamento junto à população brasileira tem sido tema de diversas articulações realizadas entre as instituições não governamentais. Paralelamente, estão surgindo, cada vez mais, movimentos como o Observatório Social, que acompanham e fiscalizam os gastos públicos, totalizando 400 entidades não governamentais no Brasil. As formas de prevenção contra a corrupção, no país, finalizaram as discussões do III Encontro Nacional sobre Cooperação para Prevenção e Combate à Corrupção, promovido pela Rede de Controle, desde quinta-feira (25/05), no auditório da Escola Superior de Contas do Tribunal de Contas de Mato Grosso.

Conforme apresentou a coordenadora de Políticas Públicas do Instituto Ethos, Paula Oda, que esteve ministrando palestra sobre a articulação dos movimentos sociais e empresariais, a população tem exercido um maior controle social sobre os governantes, o mercado vem reconhecendo, positivamente, as empresas com bons sistemas de integridade e governança, e o sistema judiciário está responsabilizando os acusados de atos corruptos, mas é preciso construir um Plano Nacional de Integridade, Transparência e Combate à Corrupção, unindo diversos segmentos da sociedade civil e a população como um todo.

"A questão da corrupção no Brasil é sistêmica e não há uma solução única que resolva todos os problemas de uma só vez. Ainda que essencial, a punição, sozinha, não é suficiente para coibir práticas ilícitas. Precisa-se também aprimorar mecanismos de identificação e prevenção. Por isso, acreditamos no estabelecimento de um Sistema de Integridade Nacional amplo, que se fundamente nos princípios da transparência e do controle", disse.

Antes mesmo de pensar num plano, o Ethos realizou um estudo e lançou 10 pilares para trabalhar ações de prevenção entre diversos públicos, tais como o Poder Judiciário, controles externo e interno, entre outros. "O desafio a ser enfrentado pelo país é reunir essas diferentes ações, mapear oportunidades de complementá-las e construir uma iniciativa única, abrangente, que mobilize a sociedade na importante luta pela prevenção e pelo combate à corrupção", completou.

O Plano Nacional de Integridade, Transparência e Combate à Corrupção, deve abordar, entre outros temas, a integridade no setor privado, a melhoria da regulação existente, o aumento da transparência pública nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e o fortalecimento das formas de controle, com sistemas mais acessíveis e eficazes, por meio dos quais se exercite o controle social e se aprimore o sistema político eleitoral.

Para o secretário-aAdjunto do Gabinete da Transparência e Combate à Corrupção de Mato Grosso, Matheus Lourenço Rodrigues da Cunha, iniciativas como esta proporcionam que a sociedade se mobilize e "se organize, como faz o crime organizado. A corrupção não é um problema nas ruas, temos que agir e programar ações para o futuro, sem esperar por reformas", disse.

A mobilização em prol de ações de prevenção tem o apoio e a cooperação do Fórum Nacional de Combate à Corrupção, que estava representado pelo presidente, Fábio George, conselheiro nacional do Ministério Público, palestrante no III Encontro Nacional sobre Cooperação para Prevenção e Combate à Corrupção. Fábio ressaltou que a corrupção no Brasil, estimada em 2.3% do Produto Interno Bruto – PIB, "dificulta o avanço das políticas públicas de saúde e educação. Ao mesmo tempo, é fácil identificar que nos lugares onde existem mais casos de corrupção, os indicadores de educação são baixos", afirmou.

Outro impacto negativo da corrupção apontado pelo presidente do fórum é sobre a confiança dos brasileiros. "Nas últimas eleições tivemos uma média de 40% dos brasileiros que não foram às urnas, votaram em branco ou nulo. Isso porque os que fraudam e praticam corrupção não são condenados", anunciou. Ao mesmo tempo, Fábio lembra que não existe corrupção num país onde a população é totalmente honesta. Ele defende campanhas educativas nas ruas e nas escolas públicas que propaguem conceitos de cidadania e defendam práticas honestas entre as pessoas. "Ninguem vai fazer nada sozinho e para reverter esse quadro sombrio no Brasil temos que nos unir num plano nacional de enfrentamento contra a corrupção", finalizou.

Para mais informações, os interessados podem acessar:www.cnmp.mp.br/fncc

+ Acessados

Veja Também