Em reunião na tarde de quarta-feira (23/05) com lideranças do Sindicato dos Proprietários de Caminhões de Transporte (Sindicam) e da Federação dos Transportadores de Carga (Fenacam), o presidente do Sistema Famato, Normando Corral, informou que o setor produtivo rural de Mato Grosso é solidário às reivindicações dos caminhoneiros.

As principais cobranças dos caminhoneiros são a redução do preço do óleo diesel, com a diminuição da carga tributária incidente, e isenção do pedágio para eixo suspenso em todas as rodovias federais e estaduais do país.

Segundo Corral, essas reivindicações são justas: “Esse é um efeito das causas da má administração do Brasil como um todo, principalmente, no caso da Petrobras. Esta reunião teve o objetivo de institucionalizar e concretizar o nosso apoio”, afirmou o presidente.

A paralisação começou segunda-feira (21) e entrou no quarto dia hoje (24/05). Até o momento, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 20 municípios de Mato Grosso aderiram à paralisação, sendo 25 pontos de bloqueios em cinco rodovias federais que cortam o Estado. No Brasil, apenas três estados não interditaram rodovias: Amazonas, Acre e Amapá. Os demais estão todos com pontos interditados nas estradas federais.

Em 2015, os caminhoneiros também pararam por mais de 10 dias. A diferença agora, conforme o presidente do Sindicam e vice-presidente da Fenacam, Edgar Augusto Laurini, é que o movimento recebeu o apoio da sociedade civil.

“A greve do caminhoneiro incomoda, prejudica o consumidor e usurário, mas dessa vez percebemos uma adesão muito grande, não só do nosso setor, pois vimos que em geral isso é um grito de socorro da sociedade”, disse.

Conforme o dirigente, não há previsão de término da paralisação, pois o setor quer que o governo se manifeste.

Também participaram da reunião os diretores da Famato Vilmondes Sebastião Tomain e José Luiz Fidelis, e o assessor jurídico do Sindicam Celso Roberto Vieira.