Senador espera que Governo de MT cumpra acordo e retire a saúde do caos

Redação PH

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senador espera que governo de mt cumpra acordo e retire a saúde do caos

Senador espera que Governo de MT cumpra acordo e retire a saúde do caos

O senador Wellington Fagundes (PR-MT) manifestou nesta segunda-feira, 11, da tribuna do Senado, expectativa de que o Governo de Mato Grosso cumpra os acordos firmados com a bancada federal no tocante à liberação de recursos de uma emenda impositiva e retire a saúde pública do caos em que se encontra. No Estado, protestos e paralisação de atendimento em várias unidades tem deixado a população cada vez mais apreensiva. Na semana passada, ao relatar o quadro, Fagundes disse que atendimento médico em Mato Grosso virou “jogo de sorte”.

A situação da saúde é tão caótica no Estado, segundo relatou o senador, que prefeitos se reuniram na última sexta-feira, 10, na Associação Matogrossense dos Municípios (AMM) e voltaram a se manifestar por um pedido de ‘impeachment’ do governador Pedro Taques. Apesar da situação, Fagundes se manifestou contra a medida extrema. “Acho que o caminho é o diálogo” – disse.

Ele elogiou a atuação do secretário-chefe da Casa Civil, deputado Max Russi, que foi ao encontro dos prefeito, mas não deixou de lamentar a perda de tempo do Governo para dar solução a muitos problemas enfrentados no Estado. Lembrou que o governador Pedro Taques, quando assumiu, queria execrar a classe política. “Não acreditava nos políticos. Disse que os políticos não podiam participar do governo dele. E hoje, infelizmente, tanta coisa ruim aconteceu” – disse.

Na reunião com os prefeitos, o secretário se comprometeu a regularizar os pagamentos, já que a bancada federal concordou em transformar a emenda de bancada em custeio, o que significa pagamento de dívidas com os municípios, hospitais regionais e filantrópicos.

“Como relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias para este ano, ampliamos para duas emendas impositivas, e, em Mato Grosso, uma delas foi exatamente para a área da saúde, no valor de R$ 156 milhões, prioritariamente para conclusão, equipagem de obras do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá e para equipar os hospitais filantrópicos, bem como os hospitais regionais” – salientou.

Wellington voltou a criticar a falta de planejamento por parte do Governo, segundo ele, responsável em grande parte pelo caos na saúde pública no Estado, que acaba na falta de atendimento à população. O senador do PR lembrou que desde o final do ano passado, vem cobrando um plano de aplicação dos recursos da emenda impositiva de bancada. “Governar é a arte de saber priorizar a aplicação dos recursos públicos, e não há nada mais prioritário do que evitar que as pessoas morram nas filas”, salientou.

Fagundes também manifestou expectativa de que o Governo cumpra acordo firmado com a Prefeitura de Cuiabá, já que parte dos recursos da emenda impositiva de bancada deverão ser alocados em convênio para aquisição dos equipamentos para o novo Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, cujas obras estão em andamento. “Espero que o Governo honre com o Prefeito Emanuel e que ele possa, então, fazer a licitação, e nós termos a conclusão do hospital” – acrescentou.

Cascata e caos – Em seu pronunciamento, Wellington relatou o caos na estrutura do Hospital Universitário Júlio Muller, um dos mais importantes centros de atendimento em saúde do Estado, localizado em Cuiabá. Com as últimas chuvas na capital, enormes goteiras apareceram no teto do HUJM, causando grandes transtornos. Ele lembrou que no ano passado tentou a utilização de R$ 80 milhões que se encontravam paralisados na conta do Governo do Estado havia três anos para serem investidos na reforma da estrutura física dessa unidade e também do próprio Pronto Socorro Municipal.

Os R$ 80 milhões foram destinados a construção do novo Hospital Universitário Júlio Muller, que deveria ser construído em convênio com o Governo do Estado. “A obra começou, infelizmente a empresa quebrou, o Governo novo assumiu e, infelizmente, nem a nova licitação foi feita, e o dinheiro está lá, parado durante esses três anos e meio, quase quatro anos, e as pessoas sofrendo, morrendo” – criticou.

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