Seminário define duplicação da BR-163 e escoamento de produção pelo Norte como prioridades para MT

Redação PH

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seminário define duplicação da br-163 e escoamento de produção pelo norte como prioridades para mt

Seminário define duplicação da BR-163 e escoamento de produção pelo Norte como prioridades para MT

Uma das soluções para os problemas logísticos enfrentados por Mato Grosso passa pelos portos da região Norte. Para isso, no entanto, é preciso melhorar a malha viária que corta o Estado, como os corredores das BRs 163 e 364, disseram os participantes do Seminário ‘O Futuro da Logística em Mato Grosso’, ocorrido nesta segunda-feira (7), em Cuiabá.
Presidida pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), a reunião foi realizada pelas Comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e Senado do Futuro (CSF), em parceria com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Na ocasião, representantes do Governo Federal assinaram ordem de serviço para construção de oito pontes entre os municípios de Santiago do Norte e Nova Ubiratã, para facilitar o tráfego e o escoamento dos grãos pela BR-242.
— A questão é estratégica, mas não se trata só de produção agrícola, mas de segurança para a população. A ineficiência do transporte custa ao Brasil 6% do PIB por ano. Mato Grosso tem maior custo de frete do país. Uma das alternativas é o Arco Norte, onde os produtos podem ser escoados em portos como Itaqui, no Maranhão, e Miritituba, no Pará — defendeu Fagundes.
O republicano também ressaltou, durante a audiência, que é imprescindível haja prioridade do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) na apreciação de projetos de licenciamento ambiental, para que não ocorra atraso nas obras. “A morosidade e a burocracia são as piores inimigas da infraestrutura. Nós queremos, sim, que sejam averiguadas as condições ambientais e dos indígenas, mas isso precisa ser feito com celeridade. A hora de começar as obras é agora. Se não, corremos o risco de voltarem as chuvas e impossibilitar a execução dos serviços”, alertou Fagundes.
O diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, afirmou que a safra de milho e soja de Mato Grosso crescem a cada ano e o Estado ainda tem 15 milhões de hectares que podem ser incorporados à agricultura. No entanto, continuou, o aumento da produção está atrelado às questões logísticas.
O superintendente estadual do Dnit, Orlando Fanaia, admitiu que Mato Grosso tem um débito histórico no que diz respeito à conservação de pavimentos das rodovias; entretanto, a situação tem melhorado nos últimos anos, garantiu.
— Hoje, quando se leva em conta a condição de pavimento, Mato Grosso está em 8º lugar em um ranking do Dnit. Em 2001, 52% da malha viária era considerada de má qualidade e só 4% estavam em boas condições. Hoje temos um índice de 60% bom e apenas 19% ruim — declarou.
Cooperação
Antes do evento, houve a assinatura de acordos de cooperação técnica entre o Dnit e a prefeitura de Cuiabá e a Associação Mato-grossense dos Municípios relativos à duplicação da BR-163, trecho entre a capital e Serra de São Vicente.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, disse que por muitos anos a população vem convivendo com os perigos oferecidos pelas BRs 364 e 163. Segundo ele, o poder público municipal não poderia ficar ausente ou omisso diante de obras tão relevantes, daí a importância da assinatura dos acordos.
— Não vamos atravancar o desenvolvimento da capital, mas é preciso ação coordenada com outros órgãos federais e estaduais. São obras que impactam diretamente o conforto e a qualidade de vida dos cuiabanos — afirmou.
Visitas
Pela manhã, os participantes da audiência visitaram a obra viária do contorno Norte de Cuiabá, de responsabilidade do Dnit. À tarde, houve uma visita às obras de duplicação da BR-163 entre Cuiabá e Serra de São Vicente.
A BR-163 tem quase 3.500 km e cruza os estados do Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ainda há trechos não pavimentados, bem como outros entregues à iniciativa privada, que é responsável pela duplicação. No Mato Grosso, a concessionária Rota do Oeste é responsável por 850 quilômetros da via.

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