O Sindicato Rural de Canarana travou uma batalha em prol dos produtores rurais diante do alto índice de roubos e furtos nas propriedades rurais. Nesta semana, a entidade sindical mobilizou mais de 30 produtores, as polícias Civil e Militar, representantes do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), vereadores, delegado e a sociedade civil organizada para traçar planos de ação que possam coibir essas práticas na região. A próxima reunião será segunda-feira (29/01), às 18h30, na sede do sindicato com a participação do setor produtivo, as 14 entidades que fazem parte do Conseg, a promotoria, juiz, segurança pública e comunidade local.
De acordo com o presidente do sindicato Arlindo Cancian, a sociedade está assustada e pede que o poder público olhe mais pelas famílias que vivem no campo. “Precisamos encontrar uma maneira de coibir roubos e furtos nas propriedades rurais de Canarana e região. É assustador a onda de violência que foi instalada na nossa região”, disse o Cancian. Ele acrescentou que os criminosos estão usando drone para observar o que tem nas propriedades e em seguida invadem para roubar gados, defensivos, utensílios agrícolas e outros.
O presidente relatou com indignação que há alguns meses o sindicato e o Conseg já haviam solicitado a instalação de câmeras de monitoramento na entrada da cidade e patrulhamento rural, mas até o momento nada foi feito. “Os policiais que atuam aqui em Canarana têm boa vontade, porém o efetivo é pequeno e não dispõe de recursos para investir em equipamentos e profissionais para garantir a segurança dos produtores. Portanto, não podemos ficar de braços cruzados. Sendo assim vamos traças frentes de trabalho entre os envolvidos do setor produtivo rural e a sociedade para levantar fundos e fazer o papel que deveria ser do Poder Público”, ponderou Cancian.
Durante a reunião foram formadas duas frentes. Uma ficará responsável em mobilizar a sociedade civil organizada e a classe política municipal para cobrar investimentos do Governo do Estado e a outra pretende mobilizar produtores, comércio local e a comunidade em geral para investirem recursos próprios nas polícias Civil e Militar do município e até mesmo adquirirem um veículo para fazer o patrulhamento rural.
“Pretendemos com isso inibir a criminalidade através de câmeras de monitoramento, veículos equipados, uma rede de comunicação entre o cidadão e a polícia e outras ações de combate ao crime organizado”, assegurou.
Para finalizar, o representante sindical reforçou a importância da integração da comunicação entre autoridades de segurança pública, os produtores e a sociedade para amenizar a situação.
Cancian chamou a atenção do setor produtivo para a necessidade de, em caso roubos, furtos e violência no campo, fazer Boletim de Ocorrência (BO) e a comunicação ao Sindicato Rural visando um controle da situação para medidas oportunas.
