Produção de madeira em tora para indústria de papel cresceu mais de 10% em 2016

Redação PH

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produção de madeira em tora para indústria de papel cresceu mais de 10% em 2016

Produção de madeira em tora para indústria de papel cresceu mais de 10% em 2016

A produção brasileira de madeira em tora destinada à indústria de papel e celulose cresceu 10,8% em 2016, na comparação com o ano anterior. O destaque foi o Paraná, maior produtor do setor. O estado registrou 15,9 milhões de metros cúbicos, um aumento de 43,9% no período analisado. Do volume total do País, 80,2% vieram de áreas de plantio de eucalipto e 18,8% de florestas de pinus.

Os dados constam na pesquisa de Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs), que investigou 44 produtos. Desses, 37foramcoletados em matas nativas (extração vegetal) e sete em florestas plantadas (silvicultura). O valor total da produção foi de R$ 18,5 bilhões, um aumento de 0,8% em relação a 2015. Desse total, 76,1% foram obtidos em florestas plantadas, enquanto 23,9% foram coletados em matas nativas. Desse mesmo total, os produtos madeireiros representaram 89,8% (R$ 16,7 bilhões).

Crescimento conjunto

O crescimento da indústria de papel e celulose contribuiu para o aumento da produção de madeira em tora, em especial no Sul do País, que representa 33,2% do total. O analista do IBGE, Winicius Wagner, explica um aspecto que teve grande relevância para esse setor. “A ampliação do parque industrial de papel e celulose no Paraná, no ano passado, alçou o estado ao posto de maior produtor nacional. Esse posto era ocupado por São Paulo, que agora está na segunda posição, com produção de 14,7 milhões de metros cúbicos, uma queda de 5,4%”, ressaltou. O relatório anual da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) situa os resultados da Pevs no âmbito internacional. Segundo o Ibá, em 2016, o Brasil foi o segundo País que mais produziu celulose e o oitavo maior produtor de papel.

Entre os produtos madeireiros extraídos em matas nativas, houve baixa nas quantidades de carvão vegetal (-31,7%), de lenha (-7,4%) e de madeira em tora (-7,0%). De acordo com Wagner, “essa queda nos números pode ser consequência de uma legislação ambiental mais rígida e de um maior controle dos órgãos fiscalizadores, assim como da indisponibilidade de mão de obra do setor extrativo”.

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