Presidentes da Acir e CDL defendem construção do Ganha Tempo para vereadores

Redação PH

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Presidentes da Acir e CDL defendem construção do Ganha Tempo para vereadores

Os presidentes da Associação Comercial e Empresarial de Rondonópolis – Acir, Juarez Orsolin e da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL, Neles Walter Farias, participaram da ordem do dia na Câmara de Rondonópolis para defenderem a construção do Ganha Tempo na área da antiga rodoviária, localizada no centro da cidade. A área de dez mil metros quadrados está obsoleta desde dezembro de 2001, quando foi inaugurado no município o Terminal Rodoviário Alberto Luz.

Neles Walter Farias destacou a importância da obra para a cidade e disse ter preocupação com a perca do recurso, caso o projeto de doação da área não seja aprovada pelo Executivo. “O Ganha Tempo vai valorizar a região central e movimentar o comércio. Fora que vai beneficiar o cidadão com a prestação de serviço. Estamos em momento de crise e se perdemos os R$ 12 milhões que vai ser alocado para a primeira parte do projeto, vai ser muito ruim”.

Juarez Orsolin explicou que a obra vai transformar a área em um cartão postal da cidade. “O Ganha Tempo vai fomentar o desenvolvimento da cidade. O projeto é importante e quanto mais celeridade der à ele, melhor. Portanto, precisamos unir forças para que o projeto saia do papel e seja colocado em prática”, destacou.

O projeto gerou dúvidas nos vereadores, tanto que há uns contra e outros favoráveis a doação da área. Adonias Fernandes (PMDB), Juary Miranda (SD) e Hélio Picchioni (PSD) defendem a doação com o argumento de que a área está obsoleta e a obra vai transformá-la em um local utilizável. “É um local feio, que não abriga nada, assim como outras áreas na cidade. Nada mais justo do que utilizá-la para abrigar uma obra que atenda a população. Se não for utilizada agora, quando será?”, questionou o vereador Hélio Picchioni.

Já outros legisladores não são favoráveis a doação ou que esta seja feita mediante emenda no projeto dando prazo para que a empresa construa no local. Não atendendo a exigência, a área deve ser devolvida ao município. “É a área pública mais valorizada da cidade e vamos entregá-la de bandeja? Não somos contra o projeto, todos nós queremos que Rondonópolis saia ganhando com esta obra. O que fica ruim é usar um quarto de uma área e o restante ficar sem nada. Aí não resolve o problema”, defendeu o vereador peemedebista Claúdio da Farmácia.

O vereador e presidente da Câmara de Rondonópolis, Rodrigo da Zaeli (PSDB), lembrou que a derrubada da urgência aconteceu porque a maioria dos legisladores tinham dúvidas quanto ao projeto e também por acreditarem que não havia urgência, visto que o documento ficou parado na administração municipal por trinta dias, conforme consta no corpo do texto.

“O protocolo feito pelo Executivo foi feito trinta dias após a emissão do documento. Entendemos que, por este motivo, não há urgência. É preciso que se entenda e respeite os prazos seguidos pelos órgãos, seja eles municipais, estaduais ou federais. Temos prazos e estes serão cumpridos, a urgência não pode ser só na Câmara. Os vereadores estão com dúvidas e estas precisam ser sanadas. Os vereadores não podem errar”, defendeu Zaeli.

ENTENDA O PROCESSO

Um projeto de lei para doação de uma área de 2.428 metros quadrados para o Governo do Estado foi encaminhado à Casa de Leis em regime de urgência pelo Executivo Municipal. Os legisladores derrubaram a urgência por entender que há muitas dúvidas sobre o texto do documento, precisando que estas sejam sanadas. A área será doada para a construção do Ganha Tempo, obra esta que deve ser realizada por uma empresa privada. A doação vai garantir à empresa a exploração do local por quinze anos. O problema é que a área tem dez mil metros quadrados, ficando o restante a mercê da destinação de emendas parlamentares para a construção de outros prédios. O projeto apresentado inicialmente é de R$ 58 milhões e contemplaria o Ganha Tempo, estacionamento, anfiteatro e biblioteca. A primeira parte do projeto seria contemplada de imediato, com a obra do Ganha Tempo que custará R$ 12 milhões.

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