Prefeitura exonera secretária-adjunta que fez cirurgia pelo SUS em MT

Redação PH

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Prefeitura exonera secretária-adjunta que fez cirurgia pelo SUS em MT

A secretária-adjunta de Saúde de Lucas do Rio Verde, Kessily Bruniere Marcondes, foi exonerada do cargo na última sexta-feira (3), após passar por uma cirurgia via Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Regional de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, feita pelo noivo, Iuri dos Santos Viana. O médico foi afastado do hospital após o caso vir à tona. Késsily, por sua vez, disse que todo o procedimento foi legal e que ela utilizou o hospital público como qualquer outro usuário do SUS.
O caso ocorreu no dia 30 de maio. Kessily afirmou que passou por um procedimento para a retirada de um nódulo no seio e que escolheu o hospital de Sorriso porque o noivo trabalha na unidade e estaria de plantão no dia do fato.
A ex-secretária afirmou que chegou ao hospital cedo, assinou um prontuário, recebeu uma anestesia local e fez a retirada de um nódulo na mama direito e foi para casa. Segundo ela, como prova da intervenção, o nódulo foi enviado para a biopsia no mesmo dia.
O noivo de Kessily foi contratado no hospital como cirurgião geral, mas também atua como cirurgião plástico. Além do Hospital Regional de Sorriso, onde trabalhava como terceirizado, ele também atua em Porto Velho (RO), Juara, a 690 km de Cuiabá, e mantém um consultório em Lucas do Rio Verde, a 360 km da capital. Ele não foi encontrado para comentar o caso.
Denúncia
Em nota, a SES informou que a pasta recebeu uma denúncia “relatando o uso irregular do Hospital Regional de Sorriso e do Sistema Único de Saúde, por um dos médicos prestadores de serviço da unidade” e que, depois disso, o profissional foi afastado.
A pasta explicou ainda que, atualmente, a administração do Hospital Regional de Sorriso está sob a gestão da Secretaria de Estado de Saúde, porém, está na fase final um convênio com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Teles Pires, que passará a administrar a unidade.
Segundo o Consórcio Vale do Teles Pires, o hospital era administrado pelo governo do estado na data da cirurgia e que a instituição só tomou conhecimento do fato pela imprensa. O consórcio ainda disse que irá apurar o caso junto à direção da unidade de saúde.

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