Prefeito se reúne com categorias para tentar evitar greve dos servidores municipais

Redação PH

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Prefeito se reúne com categorias para tentar evitar greve dos servidores municipais

O prefeito Percival Muniz se reuniu, na sexta-feira (30), com representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis – Sispmur para dialogar sobre a pauta de revindicações da categoria e evitar a continuação da greve, que pode acabar prejudicando a população.

“Neste momento, não temos condições de conceder qualquer reajuste. Mas, vamos manter o diálogo para avançar na negociação da pauta de reivindicações. E, inclusive, fazemos um apelo para que o Sindicato suspenda a greve, que foi deflagrada nesta sexta”, disse o prefeito Percival Muniz.

Realizada na sala de reuniões anexa do gabinete do Prefeito, no Palácio da Cidadania, após quase cinco horas de diálogo, as negociações tiveram avanços em alguns pontos da pauta de reivindicação da categoria. A reunião contou com a participação do vice-prefeito Rogério Salles e vários vereadores.

Ao fim da reunião, ficou estabelecida a criação de uma comissão de discussão envolvendo executivo, legislativo e sindicato para debater os pontos da pauta apresentada pela categoria, bem como a suspensão dos efeitos da normativa da Secretaria de Educação que alterou a distribuição de servidores na rede municipal de ensino. Inclusive, a comissão já se reuniu na tarde desta sexta-feira para discutir questões relacionadas à gestão e buscar formas de atender algumas das reivindicações da categoria.

Além disso, como quadro o cenário atual da economia não é bom, o prefeito pediu um prazo de 90 dias para que possa avaliar o desempenho da arrecadação, visando discutir com a comissão um possível aumento salarial acima da inflação.

“Hoje, o cenário da economia do país não é animador, com crises nas gestões estadual e federal, o que acaba refletindo nas nossas receitas. O Fundo de Participação dos Municípios – FPM, por exemplo, teve uma redução de 30%. Então, vamos esperar como vai reagir a nossa arrecadação nos próximos 90 dias. Se for bem, a gente senta com a comissão para ver o que é possível conceder”, comprometeu-se o prefeito.

Percival afirmou, também, aos representantes dos servidores, que estará sempre aberto ao diálogo, para discutir melhorias reivindicadas pela categoria. No entanto, neste momento, realmente, o município não tem condições de conceder aumento maior do que a reposição do INPC de 2014.

A reposição de 6,23% foi já repassada integralmente na folha de janeiro a todos servidores, sendo que aos professores foi dado mais 2,5% de aumento, que é o cumprimento de um acordo firmado com os docentes em 2014 para repor as perdas que tiveram.

“Seria irresponsável se sinalizasse, só para evitar a greve, com a possibilidade de conceder um aumento sem ter caixa”, disse o Prefeito, acrescentando que “entre falsas promessas e a responsabilidade de garantir o pagamento integral dos salários dos servidores públicos, com encargos e obrigações inerentes, optamos pela responsabilidade”.

O prefeito apresentou à comissão dados financeiros e orçamentários do município, onde qual se aponta a arrecadação do município com o pagamento de pessoal bem próximo do limite do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

“Gostaríamos de conceder um aumento acima da reposição integral da inflação, que já garantimos agora nesta folha de janeiro. Aliás, qual é o prefeito que não quer dar aumento? Porém, não adianta aumentar e depois não conseguir pagar, comprometendo a situação financeira do município", explicou.

Em relação ao reajuste de 19%, referente às perdasque a categoria alega que teria tido nos últimos 14 anos, Percival reforçou que estudos feitos pela equipe econômica da prefeitura apontaram que esta perda não existe. “Como já dissemos antes, se tivesse tido perdas pelo INPC, iríamos encontrar formas de fazer essa correção”.

Balanço

As informações na Secretaria de Cultura é que não houve adesão de nenhum servidor, assim como na Secretaria de Transporte e Trânsito e Paço Municipal; na Saúde a adesão ao movimento de greve foi pequeno e os serviços são mantidos normalmente, na Coder cerca de 5% dos servidores pararam e parte deles deve retornar ao trabalho ainda neste sábado e na Educação, a greve não pode ser mensurada, já que as escolas ainda não iniciaram o ano letivo.

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