Polícia apura elo entre vídeo de decapitação e morte de adolescente

Redação PH

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Polícia apura elo entre vídeo de decapitação e morte de adolescente

A Polícia Civil em Joinville, no Norte catarinense, investiga nesta quarta (3) a origem de um vídeo que mostra o momento em que um rapaz é decapitado. Pelo menos três homens com os rostos cobertos aparecem nas imagens. Na noite de terça (2), a cabeça de um adolescente foi achada em uma sacola em uma esquina do Jardim Paraíso. Ninguém foi preso.

"A polícia está analisando [as imagens], a hipótese não está descartada", afirmou o delegado regional de Joinville, Akira Sato. O vídeo, que circula em grupos de trocas de mensagem por celular, passa por perícia. "Vamos também analisar a cadeia de difusão disso aí [do vídeo]", afirmou o delegado.

Caso seja comprovada a relação com a morte do adolescente, ele será acrescentado ao inquérito policial, informou o delegado regional.

Corpo não foi encontrado

"As diligências iniciais [da investigação] são para achar o corpo da vítima, até para dar um conforto para a família", disse Sato. O adolescente era morador do bairro Jardim Paraíso e, segundo a Polícia Militar, tinha envolvimento em infrações relacionadas ao tráfico.

O local onde foi cometido o crime ainda não foi identificado, segundo a polícia. A motivação do crime também não foi esclarecida, por enquanto. Não se descartam disputas entre facções criminosas e dívidas, informou Sato.

A polícia também apura se a morte do adolescente tem relação com os assassinatos de outros dois jovens, de 15 e 17 anos, ocorridos nos bairros Cubatão e Fátima, na última segunda-feira (1). "Havendo conexão, serão juntados aos autos", disse Sato

Imagens

No vídeo que está sendo analisado pela polícia, um homem usando uma máscara usa um machado para decapitar um rapaz, que aparenta já estar morto. Pelo menos outros dois, com o rosto coberto, aparecem nas imagens. O grupo parece estar em uma mata.

Meio cruel

Pela manhã, o delegado Fabiano Silveira afirmou que, antes do início das investigações, já era possível considerar o crime como um homicídio qualificado, pelo uso de meio cruel

“Mesmo sem fazer inquérito, já podemos afirmar que pelo corte da cabeça vemos que houve o uso de meio cruel e se trata de um homicídio qualificado, cuja pena pode variar de 12 a 30 anos. Ainda não há uma linha de investigação definida, mas sabemos que a região Norte de Joinville é conhecida pela disputa por pontos de tráfico. Partimos deste elemento para iniciar a investigação”, afirmou Silveira.

“Não descartamos nenhuma possibilidade, até de um ritual macabro. Em princípio, vamos nos centrar no histórico do menino, para ver se ele vinha sofrendo ameaças”, disse o delegado.

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