PM é demitido por suspeita de atirar e matar pedreiro que tentou furar blitz

Redação PH

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PM é demitido por suspeita de atirar e matar pedreiro que tentou furar blitz

Um policial militar foi demitido da Corporação de Mato Grosso por suspeita de ter atirado contra um motorista, de 19 anos, que tentou fugir de uma blitz, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. O tiro atingiu o rosto de Jeferson Augusto da Silva, que chegou a ser encaminhado para o pronto-socorro da capital, mas morreu após dar entrada. O fato ocorreu no dia 25 de janeiro de 2012.

Segundo as investigações da sindicância aberta pela PM, o policial foi punido por ter cometido diversas infrações durante a abordagem à vítima, como negligência, omissão, mentira sobre os fatos narrados no boletim de ocorrência. Consta que o motorista estava armado no dia do fato e que teria atirado contra os policiais. Porém, em inquérito aberto pela Polícia Civil, foi confirmado que a vítima não estava com arma e que foi perseguida pelos policiais após a abordagem.

A demissão do policial foi divulgada no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou nesta sexta-feira (31), assinada pelo comandante da PM em Mato Grosso, Zaqueu Barbosa. O nome do policial deverá ser excluído da folha de pagamento e ter o porte de arma de fogo cancelado, de acordo com a decisão.

“No entanto, há circunstância atenuante, pela pouca prática no serviço operacional (artigo 17, item 5 do RDPM-MT), bem como há circunstâncias agravantes pela prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões, ser praticada a transgressão durante a execução de serviço; ser praticada a transgressão com premeditação; (artigo 18, itens 2, 5 e 8 do RDPM-MT), de maneira que a transgressão disciplinar militar é classificada de natureza grave, nos termos do artigo 19, do RDPMMT”, diz trecho de publicação.

Entenda o caso

O fato ocorreu no Bairro Jardim Potiguar. Jeferson Augusto trabalhava como servente de pedreiro juntamente com seu pai, era casado e deixou uma filha. Familiares alegam que a vítima havia saído de uma festa em uma casa noturna, na capital, e foi morta quando tentou escapar da blitz.

Os familiares confirmaram ainda que o jovem não tinha carteira de habilitação e temia que o veículo fosse apreendido pelos policiais durante a abordagem. Naquela ocasião, a Guarda Municipal de Várzea Grande auxiliava uma equipe da Polícia Militar na ação de abordagem porque havia uma informação de tinha ocorrido um tiroteio na casa noturna e o suspeito de efetuar os disparos estava em um veículo, com as mesmas características com o da vítima, e que seguia para a região onde barreira policial estava montada.

Teria ocorrido ordem de busca e apreensão após comunicado via rádio de de que um carro de cor preta havia fugido em direção à Várzea Grande. A partir de então, a Guarda Municipal passou a apoiar a Polícia Militar na localização do veículo e formaram a barreira no bairro Jardim Potiguar.

À época a Guarda Municipal informou que o motorista estava armado e ameaçou atirar contra os policiais na pista, por isso houve perseguição e houve troca de tiros. Essa informação constou do boletim de ocorrência registrado na delegacia do bairro Jardim Glória, em Várzea Grande. Um laudo de balística feito pela perícia da Polícia Civil de Mato Grosso apontou que o disparo que matou o motorista saiu de uma pistola calibre ponto 40 usada pela Polícia Militar.

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