O Mato Grosso Saúde, plano de saúde dos servidores do Estado de Mato Grosso, conseguiu reduzir os custos com a compra de prótese, órtese e materiais especiais em até 80%. Para atender os usuários e fazer a economia, o plano tem adotado o que foi proposto pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) durante o julgamento das contas de 2015. Na ocasião, a Corte de Contas determinou que as compras dos equipamentos fossem realizadas direto com os fornecedores, de forma a fazer economia.
A estratégia de compra direta com os fornecedores também atende a uma determinação do governador Pedro Taques de fazer economia para garantir o reequilíbrio econômico-financeiro do plano dos servidores. Conforme o presidente do Mato Grosso Saúde, Carlos Brito, a compra de prótese, órtese e materiais especiais (OPMEs), impactam fortemente no custeio do plano.
O gestor cita como exemplo que um kit estereotáxia, usado para neurocirurgias, custava R$ 135 mil ao plano. Com a medida de compra direta do fornecedor, o custo de cada kit foi para R$ 57 mil, uma queda de 57,7% no valor. Em outros casos, Brito cita que a economia em porcentagem é ainda maior, como no caso do enxerto orgânico de 5 gramas, que antes custava R$ 3,7 mil ao plano, mas agora sai por R$ 725, o que gera uma economia de 80%.
“Estamos exatamente na transição para a implementação dessa decisão do TCE. A iniciativa da compra direta, por demanda e diretamente junto aos fornecedores que se credenciarem, permitirá o menor custo na aquisição e a economia dos valores pagos como taxas de intermediação”, explicou o presidente.
Com a adoção da nova forma de aquisição desses produtos, em agosto foi publicado o Edital Nº 001/2016 para o credenciamento de empresas locais e de outros estados, especializadas no fornecimento desses produtos especiais. Atualmente, o processo está na fase de verificação das documentações.
Medidas de economia
Para buscar o equilíbrio econômico e financeiro, o Mato Grosso Saúde adota diversas medidas de controle de custos. Entre elas tem o fortalecimento de auditoria médica e a adoção da pesquisa dos preços de mercado. Juntas, as duas medidas já resultaram na economia média de 39,5% dos valores investidos nessas aquisições.
Carlos Brito destaca que a qualificação da despesa e a gestão dos custos nos permitiram atender um número muito maior de beneficiários que aguardavam autorização para cirurgias de alta complexidade. Além disso, contribuíram para a redução da judicialização.
