Como preparar um time com 10 desfalques antes de uma final nacional contra um grande rival? Esse foi o tamanho do desafio encarado por Phelipe Leal, técnico do Flamengo na Copa do Brasil Sub-17. Graças a uma crise de caxumba no elenco, além de duas suspensões, o comandante foi obrigado a montar a equipe com uma dezena de opções a menos.
Isso, no entanto, não pareceu ser um problema tão grande para o Rubro-negro, que derrotou o Fluminense por 1 a 0 e conquistou o título da Copa do Brasil Sub-17. Após a conquista, o treinador buscou na memória um momento de seu primeiro jogo pelo Fla para explicar a mentalidade do time na decisão.
– No meu primeiro jogo no Flamengo, eu ouvi uma coisa no vestiário que nunca saiu da minha cabeça. Quem veste a camisa do Flamengo tem que estar preparado para tudo. Hoje nós tivemos alguns jogadores que não tinham participado um minuto sequer na campanha. E hoje jogaram o que jogaram. Isso é ser Flamengo, é o que a torcida espera, é o que quem nos apoia quer ver – disse.
É justamente esse DNA rubro-negro que o técnico mais valoriza em seus jogadores. O segundo jogo da final chegou a ser adiado por conta dos problemas do elenco do Flamengo com a crise de caxumba que assolou os atletas. O Rubro-negro chegou a ter 13 baixas na equipe por conta da doença.
No entanto, é com um trecho do hino do Flamengo que Phelipe Leal minimiza qualquer desculpa que possa ser dada em um jogo tão importante.
– Nós sabíamos da dificuldade que nós teríamos. O que eles fizeram foi algo impressionante. Um comprometimento, uma disciplina , porque eles tinham noção que era possível. São jogadores com DNA rubro-negro. Como o hino diz, “Vencer, vencer, vencer”. Hoje a gente foi muito merecedor e durante todo o campeonato – finalizou.