Pesquisa | Energisa de MT lidera resultados negativos quanto ao tempo de falta de energia no Centro-Oeste

Redação PH

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Pesquisa | Energisa de MT lidera resultados negativos quanto ao tempo de falta de energia no Centro-Oeste

Um estudo realizado pelo Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, mostrou que as concessionárias que mais contribuem para os resultados negativos quanto ao tempo de falta de energia no Centro-Oeste são a companhia Celg de Participações e a Energisa, de Mato Grosso.

Recentemente o Procon de Mato Grosso apresentou um ranking, onde a energia elétrica lidera o número de reclamações.

Dados do estudo mostraram que no No Brasil, 47% dos consumidores não recebem um serviço de energia elétrica adequado.

Sendo que os moradores das regiões Norte e Centro-Oeste são os mais prejudicados, com 51% e 62% respectivamente.

Foram analisadas a quantidade e duração das falhas de fornecimento de eletricidade em níveis nacional e regional, entre 2011 e 2017.

A situação varia conforme a distribuidora e conjunto elétrico (subdivisão das distribuidoras que pode englobar mais de um município).

Mas, na média, Sul e Sudeste têm os melhores indicadores, com 45% e 46% dos consumidores prejudicados por falhas acima do limite estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Os dados apurados na pesquisa foram retirados do site da Aneel e se referem a toda a área de distribuição elétrica do Brasil.

O país conta com 91 distribuidoras de energia elétrica, que atendem a 81 milhões de unidades consumidoras.

A avaliação levou em conta os seguintes aspectos: o número de unidades consumidoras ao longo do tempo, o número de unidades consumidoras afetadas pela violação dos indicadores de continuidade de serviço – que medem duração (DEC) e frequência (FEC) das interrupções de fornecimento de energia – e o valor limite desses indicadores.

É importante notar que os conjuntos elétricos possuem limites diferentes.

De forma que a Aneel aceita que uns fiquem mais horas e mais vezes sem energia do que outros.

O valor definido é sensível às diferenças do padrão de rede, da infraestrutura e das características de atendimento de cada localidade.

“Determinar limites de qualidade diferentes para cada área de distribuição é inadequado. O fornecimento de energia elétrica é um serviço essencial, e deve ser feito de maneira eficiente, segura e contínua para todos os consumidores, sem diferenciação”, afirma Clauber Leite, pesquisador em energia e sustentabilidade do Idec.

Números que preocupam

De acordo com os dados, as concessionárias que mais contribuem para os resultados negativos quanto ao tempo de falta de energia no Centro-Oeste são a companhia Celg de Participações e a Energisa, de Mato Grosso.

No Norte, a Eletrobras Amazonas é a maior vilã.

No Nordeste, os maus números de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Piauí vêm das concessionárias Eletrobras Alagoas, Eletrobras Piauí, Coelba e Celpe.

No Sudeste, o Rio de Janeiro é que tem o pior resultado, sendo a Enel a que mais prejudicou (82% prejudicados por falhas).

O Sul tem o pior índice no Rio Grande do Sul, devido à Companhia Estadual de Energia elétrica (CEEE-D) e RGE, do grupo CPFL Energia.

Em todo o País, embora tenha havido uma melhora de 11% nos serviços em 2017 em relação a 2011.

Essa evolução se deu praticamente apenas na região Sudeste (9%).

Ela representa cerca de 45% dos consumidores.

Porém, a região Sul teve piora de 60%, o Centro-Oeste de 49% e o Nordeste de 32%.

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