O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse que a presidente Dilma Rousseff cobrou explicações sobre a falta de luz de segunda-feira (19) em três regiões do país. Ele disse que apesar de ter sido uma falha técnica, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o problema deve ser evitado, ressaltando que o Brasil não corre risco de apagão.

“Obviamente a presidente quer que todos os setores evitem o máximo possível de falhas técnicas. O que é importante é que nós não temos risco de apagão por causa de falta de geração e falta de distribuição como ocorreu no passado”, declarou. Ele participou, mais cedo, de um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. Pepe Vargas disse que mesmo com uma “severa estiagem, prolongadíssima e preocupante”, o risco de apagão não existe.

Segundo o ministro, a presidenta cobrou explicações do ONS sobre as causas da falha técnica. “E mais, justificativas, medidas, para que isso não ocorra mais”, acrescentou.

O apagão deixou partes do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal sem energia elétrica na segunda-feira (19) e o ONS informou, em nota oficial, que o problema ocorreu por causa de “restrições na transferência”.

Segundo o ONS, “a partir das 14h55, mesmo com folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), restrições na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução na frequência elétrica”.

Também houve oscilação na produção de 11 usinas de energia, entre elas a nuclear de Angra I, no Rio de Janeiro, que teve o reator desligado. Por causa disso, a ONS adotou medidas com os distribuidores regionais para cortar 5% da carga do Sistema.