Ricardo Lewandowski, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), deu início a uma série de visitas oficiais – e ilustres – nesta quarta-feira. O ministro, que está na Itália, foi recebido pelo papa Francisco nesta manhã.

Até o fim desta manhã STF não havia divulgado o conteúdo da conversa entre o presidente do STF e o Pontífice.

Na próxima segunda-feira, em Londres, será a vez de a rainha Elizabeth II receber Lewandowski no Palácio de Buckingham.

Na capital britânica, ele também participará da conferência Global Law Summit, que celebra os 800 anos da Magna Carta de 1215, considerada um marco no surgimento do Direito Constitucional.

Na semana passada, a assessoria de imprensa do Supremo havia informado que Ricardo Lewandowski estaria em viagem a partir de quinta-feira, com paradas na Itália e na Inglaterra. De acordo com o cronograma divulgado, ele participará de eventos jurídicos, como uma visita à Corte Constitucional italiana e uma reunião com o ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando.

Temas jurídicos, como jurisprudência e organização do Judiciário, devem ficar ao centro das reuniões com as autoridades locais.

Na semana passada, a Corte de Cassação de Roma autorizou a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do Mensalão. O brasileiro tinha fugido para a Itália há quase um ano e meio com um passaporte falso. Agora, cabe ao ministro da Justiça, Andrea Orlando, decidir se acata ou não a decisão judicial.

O caso de Pizzolato fez ressurgir a polêmica envolvendo o italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos e associação subversiva. Considerado "terrorista" na Itália, o STF autorizou em 2009 a extradição de Battisti, mas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recusou a enviá-lo à Itália.