A ONU pediu nesta sexta-feira o fim imediato do cerco beligerante às cidades sírias, tática classificada de "bárbara".
"Não pode haver qualquer razão, nem explicação, ou desculpa, para evitar que a ajuda chegue às pessoas necessitadas", denunciou Kyung-Wha Kang, responsável pelas operações humanitárias da ONU, em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.
França e Grã-Bretanha pediram a reunião urgente depois que fossem conhecidos os informes sobre a situação dramática na cidade de Madaya, sitiada há seis meses pelo regime sírio.
Esta situação condenou à desnutrição 42.000 pessoas, entre elas 20.000 crianças.
"A barbárie desta tática não pode ser ignorada", disse Kang.
Equipes das Nações Unidas estão trabalhando para dar ajuda no local e negociando a evacuação de moradores que sofrem de grave desnutrição, informou.
Nove pessoas conseguiram deixar Madaya para receber tratamento e outras 19 precisam de evacuação urgente.
Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, 400.000 pessoas vivem sob sítio na Síria, onde a guerra civil deixou desde março de 2011 mais de 260.00 mortos e obrigou milhões de pessoas a fugir.