O ovo em março e no primeiro trimestre de 2017

Redação PH

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O ovo em março e no primeiro trimestre de 2017

Em que pese uma queda de preços superior a 5% nos dez últimos dias de março, o ovo fechou o terceiro mês de 2017 com o maior valor nominal de todos os tempos. Ou seja: cotado, na média, por R$88,44/caixa (valor aplicável ao ovo branco do tipo “extra” comercializado no atacado da cidade de São Paulo), superou em cerca de 2% o recorde anterior de R$86,85/caixa registrado em julho do ano passado.

Não só isso, pois em relação ao mês anterior, fevereiro de 2017, foi registrada valorização de 4,69%, enquanto comparativamente a março de 2016 observou-se ganho de 7,31%, este último um desempenho que – ao contrário do que vem ocorrendo com o frango – supera e neutraliza a inflação do período, além de corresponder a um caminhar inverso ao dos custos, até aqui decrescentes.

Comportamento típico de todo período de Quaresma, certo? Não tanto assim, pois já em fevereiro e antes do Carnaval o ovo atingiu valores próximos de recorde de 2016. Quer dizer: após alguns sustos iniciais, o setor corrigiu sua rota e soube manter o necessário equilíbrio entre oferta e demanda. Desde então vem colhendo bons frutos. E embora ainda de forma incipiente, vem aumentando as exportações do produto – uma oportunidade que se ampliou com o surgimento de focos de Influenza Aviária em vários países europeus e asiáticos.

O fato principal é que, concluído o primeiro trimestre do ano, o ovo alcança preço médio – R$78,00/caixa no caso do branco extra – 4,41% superior ao do mesmo período de 2016. Quer dizer: não só reverteu a queda enfrentada no primeiro mês de 2017 (-4,51%), como apresentou evolução positiva nos dois meses subsequentes (+8,84% em fevereiro; +7,31% em março).

É verdade que nos últimos dias de março o mercado, até então essencialmente comprador, perdeu parte do ritmo anterior, o que determinou retrocesso nos preços praticados – sem, porém, que se retornasse aos valores do início do mês. Mas esse retrocesso é típico de todo final de mês e reflete, apenas, o exaurimento do consumidor antes de chegada de um novo salário.

Em outras palavras, as baixas mais recentes tendem a ser rapidamente revertidas com o início de um novo mês. Da mesma forma que tendem a superar os índices de ganho observados em meses anteriores. Afinal, o período de Quaresma se estende por toda a primeira quinzena de abril.

De toda forma, é bom que o setor se prepare para o período pós-Páscoa. Tradicionalmente e quase sem nenhuma exceção, o mercado costuma fragilizar-se transcorridas as comemorações Pascais. Para evitar que isso se repita é essencial descartar (e rapidamente) as aves com baixa produtividade.

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