Na luta pelo acesso, clubes “dão volta ao mundo” em viagens pela Série B

Redação PH

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Na luta pelo acesso, clubes “dão volta ao mundo” em viagens pela Série B

Ao serem rebaixados para a série B do Campeonato Brasileiro, os clubes não perdem apenas dinheiro com cotas de TV e premiações. A luta na segunda divisão do Nacional envolve muita raça, apoio dos torcedores e paciência. Muita paciência nas viagens que costumam demorar horas e cortar o país de Norte a Sul e que podem, efetivamente, determinar o grande campeão ou os rebaixados para a terceira divisão. Por isso, a logística das equipes ao longo das rodadas, nessa verdadeira "volta ao mundo", é complexa e exige planejamento e interação entre departamento de futebol e presidência.

– É algo bem difícil, que ganha e perde jogo, se não for bem planejada. Assim que os jogos são confirmados pela CBF, a gente senta e programa o dia que vai sair. A diretoria tem dado esse respaldo, porque a gente sai com dois dias antes para chegar no local da partida e fazer um treino lá ainda. Tudo isso ajuda muito – afirma o supervisor do Paysandu, Fernando Leite.

O clube paraense, inclusive, é um dos que mais têm rodagens na Série B. O Papão acumulou, até o momento, 47.821 quilômetros entre trajetos aéreos e terrestres. Para algumas equipes, sediadas em cidades que não possuem aeroportos com infraestrutura adequada para atender a todos os clubes, a logística é ainda mais complexa. São os casos do Macaé, time da cidade do norte do Rio de Janeiro, o Criciúma, equipe do interior sul de Santa Catarina, e o Luverdense, da cidade de Lucas do Rio Verde, no interior de Mato Grosso.

– Na verdade, a gente tem um trajeto terrestre de cerca de 7 mil quilômetros nessas 19 rodadas, que são os jogos fora de casa. Obrigatoriamente, a gente tem que ir a Cuiabá (capital de Mato Grosso), então, tem a logística de ônibus, ida e volta, fica em mais ou menos 10 horas – comentou o supervisor do Luverdense, Maicon Gaúcho.

Os três times da segunda divisão, ao final da competição, se contabilizados toda a quilometragem percorrida nas viagens, conseguiria facilmente dar a volta ao mundo. Somente o Criciúma terá feito um trajeto aéreo e por rodovias do país um total de 55.358 quilômetros, enquanto para completar o globo terrestre seria necessário "apenas" 40.076,16 quilômetros.

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