Musas de times culpam marias-chuteiras por crise no mercado

Redação PH

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Musas de times culpam marias-chuteiras por crise no mercado

O mercado de musas de times de futebol está em baixa. Antigamente uma boa opção de carreira para modelos, hoje em dia a profissão não banca o sustento de garotas acostumadas às glórias que o posto de musa de time costumava proporcionar.

Um dos principais motivos para a onda de pessimismo nesse mercado, segundo as próprias musas, é a presença crescente de marias-chuteiras nos concursos. O R7 conversou com a musa do Flamengo, Cris Lopes, e a musa do Palmeiras Ariadne Pimenta, para entender melhor essa situação.

Para Ariadne, o problema está nas meninas que querem ser musa apenas para se promover.

— Hoje não está tão valorizado mais esse negócio de musa como era há um tempo. Mudou por causa desse lance de maria-chuteira, de meninas entrarem mais para se promover e não por causa do time mesmo. Acaba promovendo? Sim, não vou mentir. Mas a maioria usa somente para se promover.

O discurso de Ariadne é semelhante ao de Cris Lopes, musa do Flamengo. Ela reclama, por exemplo, que os negócios na área ficam ainda mais complicados para quem se nega a posar nua.

— Eu amo futebol mas não sou maria-chuteira. Estou nessa batalha desde dezembro de 2010. São cinco anos sofrendo, na seriedade. Quando você não sai nua, as coisas são mais difíceis de acontecer. Todas querem sair nuas, menos eu. Esse meio desanima a gente.

Mas quem são essas marias-chuteiras que supostamente estão atrapalhando tanto o mercado? Ariadne diz o quanto é preciso conhecer sobre o clube para que uma musa não seja encaixada nessa categoria.

— Precisa demonstrar o amor que tem. Tem muita menina que estuda um time só pra falar que sabe, que é musa. Na verdade, não é nada. Nunca pegou chuva, nunca foi ao estádio. Não quer pegar chuva no estádio porque não quer molhar o cabelo. Eu frequento estádio, levo minha filha comigo.

Ser musa ainda é uma boa?

Hoje com 29 anos, Cris Lopes, musa do Flamengo, está desde os 21 tentando trabalhar na televisão. A gata, que já trabalhou no programa Pânico e no Teste de Fidelidade, é natural de Capão da Canoa, no litoral do Rio Grande do Sul. Ela viu nos concursos de musa de time mais uma oportunidade para transformar seu sonho em realidade. Flamenguista desde os 18 anos, ela conta como escolheu o Rubro-Negro para representar na competição.

— Já fui gremista e colorada, mas nunca senti que era isso o que eu queria. Um belo dia eu estava passando na frente da TV e eu ouvi a massa do Flamengo gritando "Mengoo, Mengoo". Eu tinha 18 anos. Olhei aquilo e mentalmente cantei com eles. Meus olhos lacrimejaram. Quando eu tive a primeira chance de participar de um concurso de musa eu escolhi o Flamengo porque estou no Rio, conhecendo a história do Flamengo e é esse time que eu amo. É amor, não é porque é a maior torcida. Se fosse assim eu supostamente poderia até ter escolhido o Corinthians.

Apesar da presença maciça de marias-chuteiras e da baixa no mercado, Ariadna conta que ser musa do Palmeiras ainda compensa. Apaixonada pelo clube, a modelo gosta de ser reconhecida nos estádios como representante da equipe. Além disso, explica que as redes sociais abriram novas formas de receita.

— Pinta convite pra campanha de loja de roupas, pra fazer presença vip em balada, festa, programa de televisão. Acaba te dando uma visibilidade até nas redes sociais porque te traz mais seguidores. E quanto mais seguidores tiver, maior a chance de você fazer propaganda, um ‘merchan’ na sua conta, porque você tem um número bom de seguidores.

Propostas indecentes

Assunto bastante comentado nos últimos tempos, os convites para musas de futebol participarem das chamadas ‘fichas rosa’ não são frequentes.

Apesar de garantir que não dá espaço para os homens chegarem para oferecer dinheiro, Cris Lopes se diverte ao contar que a falta de ‘propostas indecentes’ já a fez ter certa crise de autoestima.

— Não, não rola proposta. Quem fala que rola é mentirosa. Onde é que esses caras oferecem essas coisas? Em balada? Eu também vou em balada. Então fico pensando: “onde eles ofecerem?” É pela internet? E você já reparou que todas falam: “já me ofereceram R$ 50 mil, um iate, mas eu não aceitei”. Tudo mentira. Eu não dou espaço, mas ficaria muito feliz se me oferecessem. Até falei outro dia que estava depressiva porque parece que todo mundo recebe proposta, menos eu. Estou me sentindo uma baranga. Não me oferecem nem R$ 1.

Se as ofertas são raras, as cantadas vêm de todos os lados. Ariadne conta que já foi procurada até por jogadores do Palmeiras, via redes sociais.

— Recebo muita cantada. Jogadores do próprio clube já me adicionaram em redes sociais, mas, particularmente, não sou muito fã. Admiro como atleta, mas ter algum envolvimento não é minha praia. Então até acabei fazendo amizade com dois jogadores que são titulares hoje do Palmeiras e só.

Cuidados com o corpo

Os corpos definidos e malhados das musas nos concursos muitas vezes são produto de horas de malhação. É possível, porém, ser musa sem gastar dinheiro com academia e dietas restritivas.

Pelo menos é o que garante Cris Lopes, que não faz exercícios aeróbicos há três anos. Ela conta com a ajuda de tratamentos estéticos como criolipólise e drenagem linfática em uma clínica para manter as medidas.

Ela explica que não gosta de comer e que precisa de ajuda até para lembrar-se de tomar água. A modelo revela também uma estratégia incomum para fazer sua barriga roncar.

— Existe uma coisa chamada genética, que eu tenho muito boa até porque eu pesava 47 quilos com 18 anos. Não tenho tendência a engordar. Fora que eu não gosto de comer. Vivo pedindo para a minha mãe e meus amigos me lembrarem de tomar água, porque eu sempre esqueço. Esqueço de comer. Então tomo vitamina B12 para a minha barriga roncar. Quando ela ronca, eu como. Enquanto o corpo estiver bom, e agora está bom, eu vou levando. Depois eu corro atrás do prejuízo.

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