A inglesa Ginny Atchinson, de 45 anos, irá receber uma indenização de 1,5 milhão de libras (o equivalente a R$ 7,5 milhões) por estar permanentemente impossibilitada de ter um orgasmo devido a um erro médico durante uma cirurgia em 2011.

Ginny recorreu ao sistema público de saúde do Reino Unido (NHS) para realizar uma cirurgia de emergência em decorrência de uma grave contenção urinária devido à síndrome da cauda equina – condição neurológica na qual sintomas como incontinência intestinal e difunção sexual são corriqueiros. No entanto, antes do procedimento, a mulher não sofria com esses sintomas.

O erro médico danificou ainda mais um nervo na coluna da paciente, fazendo-a perder não só a capacidade de ter um orgasmo completo, mas também qualquer tipo de prazer sexual. Além disso, depois da cirurgia que deveria melhorar sua qualidade de vida, Ginny enfrenta maiores dificuldade para controlar a bexiga e o intestino.

A mulher teve que deixar seu trabalho e, na tentativa de incentivar o próprio corpo, comprou vibradores para estimular o prazer sexual, mas não obteve sucesso. “Infelizmente não importa o que eu tente, não consigo sentir nada”, contou em entrevista ao The Sun.

“Fiz sexo regularmente desde os 16 anos. Mas não percebia o quanto era importante até perder essa capacidade”, contou ela, que perdeu o namorado também por conta da condição.

“Acredito que, mesmo com esse dinheiro, não terei minha vida de volta. Mas ele vai me ajudar muito. Poderei construir uma casa com mais acessibilidade e ter uma vida confortável, já que não consigo mais trabalhar”, concluiu a mulher, após finalizarem as negociações a respeito do valor da indenização.