Mulher grava falta de médicos e é atacada com arma de choque

Redação PH

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Mulher grava falta de médicos e é atacada com arma de choque
Foto: Célia Ramos/Arquivo pessoal

Mulher grava falta de médicos e é atacada com arma de choque

Uma mulher que aguardava atendimento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro Laranjeiras, em Sorocaba (SP), levou um tiro de arma de choque de um guarda municipal.

A agressão teria ocorrido enquanto ela fazia uma transmissão ao vivo através de uma rede social para denunciar a falta de médicos na unidade. (Veja o vídeo abaixo)

A Prefeitura de Sorocaba informou que a Corregedoria Geral do Município instaurou um processo investigativo para apurar as responsabilidades sobre o caso.

No vídeo, Célia Ramos, de 42 anos, explica que estava esperando para ser atendida há muito tempo no local e, por isso, resolveu mostrar todas as salas da UPA para provar que não havia nenhum profissional nos consultórios. Ela pede a ajuda dos vereadores para fiscalizar o atendimento nos postos de saúde da cidade.

Em determinado momento da transmissão, um médico da unidade aparece pedindo para o guarda municipal controlar a paciente e a chama de descontrolada. Célia passa a discutir com o profissional, que depois se afasta do campo de visão da câmera do celular.

O guarda se aproxima e pede para que a mulher “por gentileza, desligue o telefone” e procure a prefeitura para reclamar sobre a situação. Porém, a paciente se nega e os dois discutem.

A transmissão é interrompida e, em seguida, Célia aparece caída no chão da unidade de saúde pedindo por socorro. “Socorro, o cara atirou em mim, na minha hérnia. Pelo amor de Deus, olha isso”, grita no vídeo. A imagem mostra ele guardando a arma na cintura.

Em seguida, a mulher se levanta com a ajuda do marido, que, segundos depois, é agarrado pelo guarda municipal.

A confusão dentro da UPA durou cerca de meia hora.

Em entrevista ao G1, Célia contou que o guarda tentou pegar o celular de sua mão e, como ela não permitiu, ele a atingiu na barriga com a arma de choque.

“Não larguei em nenhum momento o celular. Ele queria tomar o celular da minha mão, mas seria a única prova que eu tinha, que não fiz nada de mal. Só mostrei a realidade deste posto”, explica.

Mesmo após a confusão, a mulher continua a transmissão ao vivo na rede social.

Nas imagens é possível ver também o médico que pediu o apoio do guarda rindo da situação da paciente.

Célia foi atendida por um médico no pronto-atendimento.

Depois do procedimento, a paciente, o médico e o guarda foram para o plantão da zona norte, onde foi registrado um boletim de ocorrência.

Todos prestaram depoimento ao delegado.

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