Pioneiro no país na implantação de política estadual de pagamento por serviços ambientais e REDD+, Mato Grosso integrou as discussões do tema durante a 26ª Reunião do Conselho de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) da regional centro-norte. O evento ocorreu nesta quinta-feira (23.11), em Manaus, no estado do Amazonas.
Representando o Governo do Estado, o secretário executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, André Baby, foi conferencista no painel que tratou da redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, conservação, manejo florestal sustentável e aumento dos estoques de carbono florestal.
“Viemos trazer a experiência mato-grossense que teve reconhecimento durante a COP 23 na Alemanha, onde assinamos dois contratos que totalizaram mais de R$ 170 milhões em recursos para a implantação do Programa Global REDD Early Movers (REDD para Pioneiros – REM), desenvolvido pelo governo da Alemanha e que premia países ou estados que têm investido na conservação da floresta e na produção sustentável”, explica o gestor.
Com esses recursos, que devem aportar já em janeiro do próximo ano, o Estado vai fortalecer inúmeros projetos no âmbito da plataforma PCI – Produzir, Conservar e Incluir, a qual faz parte também o setor produtivo, empresas e ONGs. A proposta é combater o desmatamento ilegal e a degradação ambiental com outras ferramentas, além do comando e controle, com investimentos na inclusão social de mato-grossenses em situação de vulnerabilidade.
“Para realmente promover o desenvolvimento sustentável, temos que incluir pequenas propriedades e assentamentos rurais da agricultura familiar, para que possam ter acesso às boas práticas no campo. Também vamos agregar muito mais valor à floresta em pé, por meio da inclusão comunidades quilombolas e populações indígenas”, acrescenta Baby.
Sobre o REM
No mês de novembro, durante a COP 23, na Alemanha, Mato Grosso alcançou uma grande conquista: a assinatura de um contrato com o banco alemão KfW para acessar 17 milhões de euros da Alemanha e 23,9 milhões de libras do Reino Unido. O dinheiro é um prêmio e o reconhecimento pelo resultado da redução de carbono.
O Estado possui 60% das florestas preservadas e apresentou uma redução em 87% do desmatamento nos últimos 10 anos. Em números absolutos, isso significou uma queda de 5.714 km² no desmate, entre 2001 e 2010, para 1.216,66 km², em 2016. Para o planeta, os dados são muito relevantes, pois evitaram que mais de 1,9 bilhão de toneladas de gás carbônico (CO2) fossem lançados na atmosfera.
