O quarto paciente a receber um coração artificial da empresa francesa Carmat morreu em Paris por complicações médicas, ligadas ao seu estado crítico antes e depois da operação. A prótese em si não está relacionada a sua morte, anunciou a empresa nesta quinta-feira (21).
"Realizamos um transplante em um paciente em fase terminal de insuficiência cardíaca. O transplante transcorreu convenientemente e a prótese foi satisfatória ao longo de seu funcionamento. O paciente faleceu por complicações médicas não relacionadas à prótese", afirmou Pascal Leprince, chefe do serviço do Instituto de Cardiologia do Hospital Universitário de La Pitié Salpêtrière, em um comunicado.
O paciente, de 58 anos, que sofria de insuficiência biventricular severa, havia sido operado para implante do dispositivo experimental em 22 de dezembro por uma equipe do hospital. A data da morte não foi divulgada.
O primeiro paciente transplantado com o coração da Carmat, implantado em 2013,.morreu 74 dias depois da operação, aos 76 anos; o segundo, de 69 anos, faleceu em maio nove meses após a intervenção. As primeiras mortes foram provocadas por uma falha técnica da prótese.
O terceiro paciente, com 74 anos, morreu em 18 de dezembro, sem que a prótese estivesse envolvida no falecimento, segundo o fabricante francês. O homem, de 74 anos, havia voltado para sua casa perto de Estrasburgo no fim de agosto, depois de receber o transplante no dia 8 de abril.
O coração Carmat leva um revestimento interno de biomateriais extraídos de tecidos de bovinos para evitar a formação de coágulos.