O Ministério Público Federal apura a aquisição de mais de 20 imóveis por pessoas ligadas a Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro.

O MPF suspeita que salas comerciais, lojas e terrenos tenham sido comprados com dinheiro público, proveniente de corrupção, com o objectivo de lavar dinheiro de propina.

Um prédio comercial de 10 andares ainda em construção em Volta Redonda, no interior do estado, já foi bloqueado pela Justiça.

A suspeita sobre o imóvel surgiu após o ex-secretário de obras de Sérgio Cabral, Hudson Braga, ter virado sócio da Sulcon Construções, Materiais e Equipamentos, incorporadora responsável pela obra, no ano em que o prédio começou a ser construído.

Atualmente, Hudson Braga está preso em Bangu. Ele é acusado de cobrar propina de 1% mas obras da reforma do Maracanã, Arco Rodoviário Metropolitano e o PAC das Favelas. O antigo dono da Sulcon, Luiz Paulo Reis, também foi preso na Operação Calicute.

A Awa Consultoria e Assessoria Empresarial Limitada, que adquiriu 20 imóveis entre 2011 e 2015, é outra empresa na mira do PMF.

Wagner Jordão, proprietário do empreendimento, foi assessor de Hudson Braga na Secretaria de Obras. Jordão chegou a ocupar cargo na Secretaria de Governo até ser preso no dia 17 de novembro.

A investigação apura os R$ 224 milhões desviados dos cofres públicos do Rio de Janeiro. Até o momento, 13 pessoas são acusadas de participar do esquema que, segundo do Ministério Público Federal, era comandado por Sérgio Cabral.