Ministério da Agricultura afasta servidores investigados

Redação PH

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Ministério da Agricultura afasta servidores investigados

Funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) envolvidos em duas operações deflagradas pela Polícia Federal (PF) foram afastados preventivamente por 60 dias,nesta terça-feira (16). Aqueles que possuíam cargos comissionados foram exonerados das funções, informou em nota o ministério. As operações investigam crimes de corrupção envolvendo servidores e empresas fiscalizadas em Tocantins e Santa Catarina.

O ministro Blairo Maggi afirmou que, com o rigor das apurações internas, que aumentou após a Operação Carne Fraca, era previsível que outros casos viessem à tona e que a pasta fornecesse material de apoio às investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. ”Temos total interesse em extirpar do corpo de funcionários do Mapa os servidores que mancham a imagem do órgão, não honram o compromisso de trabalhar pelo bem público e servir à sociedade”, afirmou Maggi, que está em missão oficial na Arábia Saudita.

Operações deflagradas

A investigação realizada pela Operação Lucas começou após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizadas teriam sido favorecidas em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas. De acordo com a PF, foi detectado que o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 3 milhões, entre os anos de 2010 a 2016.

As investigações da PF constataram, por meio de quebras de sigilos fiscal e bancário, que a chefe de fiscalização do ministério em Tocantins, à época dos fatos, recebia de empresas fiscalizadas valores mensais para custear despesas próprias. Dados apontam que, apenas em sua conta pessoal, a investigação identificou a diferença de mais de 200% do declarado pela servidora em seu imposto de renda. O ministério informou que a servidora já estava exonerada há mais de 30 dias.

Já a Operação Fugu se aprofundou no setor de pescados da região do Vale do Itajaí (SC). Documentos indicavam proteção ilícita de duas grandes empresas contra a implantação de medidas cautelares determinadas pelo Mapa. As empresas introduziram no mercado pescados importados da China quimicamente adulterados.

A suspeita da Polícia Federal é de que as importações dos pescados eram desviadas por entrepostos frigoríficos de Itajaí não relacionados à área de pescados, para que, sem a reinspeção adequada e com conivência de servidor público, ingressassem mais facilmente no País.

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