Levado aos Estados Unidos para um tratamento, o pequeno Dilbreen, de dois anos, foi separado da família após a medida anti-imigração, do presidente norte-americano Donald Trump, impedir que seu pai, que é iraquiano, volte ao país.

Segundo informações do jornal "The Independent", o garoto sofreu graves queimaduras após um aquecedor explodir enquanto ele dormia em um abrigo para refugiados no Iraque.

Em outubro do ano passado, Dilbreen e o pai, Ajeel, foram até os Estados Unidos com a ajuda da organização não governamental Road to Peace. O menino passou pela primeira cirurgia, mas o pai teve que voltar ao Iraque devido ao nascimento do segundo filho – que, ironicamente, recebeu o nome Trump, já que nasceu no dia da eleição do magnata.

Prontos paraviajar aos EUA para acompanharem o tratamento do primogênito, os pais de Dilbreen tiveram negados os pedidos de visto para o bebê Trump. Para completar, à época do Natal, as autorizações concedidas ao casalforam revogadas.

Desde então, Dilbreen está nos Estados Unidos sem a família. Ele permanece sob os cuidados do diretor de outra organização filiada à ONG. Ele precisa urgentemente passar por uma nova operação, ou corre o risco de perder a visão.

Sally Becker, que tem acompanhado o caso do menino iraquiano, afirmou que outras duas crianças vieram ao país para tratamentos médicos e logo voltaram para casa. Segundo ela, uma delas chegou aos Estados Unidos um dia antes do presidente Trump assinar que proíbe a entrada de pessoas do Iraque, Irão, Iémen, Líbia, Somália, Sudão e Síria.

A organização agora faz um apelo para convencer o governo a reunir Dilbreen e os pais, além de chamar a atenção para o fato de outras 87 crianças feridas estarem aguardando tratamento nos Estados Unidos.

Sally Becker e Dilbreen(Foto: Reprodução/Twitter)