Não é absurdo pensar que o gaúcho nasceu para jogar mata-mata. Os torcedores gostam, os clubes colecionam taças e o termo “copeiro” é popular entre os fãs de futebol do Rio Grande do Sul.

Na beira dos gramados, isso não muda muito. Rivais nesta quarta-feira pela Copa do Brasil, Felipão e Mano Menezes trazem todo o modo gaúcho de jogar para Palmeiras e Cruzeiro, respectivamente.

O primeiro momento de maior relevância de Mano Menezes no futebol brasileiro foi proporcionado justamente pela Copa do Brasil. Em 2004, no comando do XV de Novembro, do Rio Grande do Sul, chegou às semifinais da Copa do Brasil.

No caminho, eliminou o Vasco da Gama, com direito a vitória por 3 a 0 em São Januário. A campanha parou contra o Santo André, que seria campeão daquela edição.

Cinco anos depois, Mano conquistou seu primeiro título, com o Corinthians. Aquela foi a segunda final disputada pelo treinador, que havia sido vice-campeão com o Alvinegro em 2008, quando perdeu para o Sport.

Ele ainda participou da conquista do Flamengo, em 2013. Antes de pedir demissão do Rubro-negro, o gaúcho classificou o clube para as quartas de final daquela edição. Por fim, no ano passado, Mano ergueu a taça da Copa do Brasil com o Cruzeiro.

Este foi o primeiro título nacional do treinador com o clube celeste, que ainda está em duas competições de mata-mata – além da Copa do Brasil, os mineiros estão vivos na Libertadores da América.

Do outro lado deste confronto, Felipão é o maior vencedor da história da Copa do Brasil. O técnico soma quatro títulos da competição, dois a mais do que Mano, que ocupa a segunda posição ao lado de Renato Gaúcho e Levir Culpi.

A primeira conquista de Felipão veio em 1991, com um surpreendente Criciúma. O título, assim como a campanha do XV de Novembro fez com Mano, projetou a imagem de Felipão nacionalmente. Com o Grêmio, o segundo título veio em 1994.

Depois, vieram os dois títulos com o Palmeiras. O primeiro deles ainda no século passado. Em 1998, o Verdão que conquistaria a América no ano seguinte deu o primeiro passo para se eternizar na história do time. A última conquista veio 14 anos depois, mais uma vez com o Porco.

Com uma equipe menos estrelada, guiou o clube à sua segunda Copa do Brasil. O gol do título, marcado pelo folclórico Betinho, até hoje é lembrado como uma marca da força de Scolari no mata-mata.

Desta vez, Mano e Felipão estarão frente a frente. Resta saber quem vai se dar melhor neste confronto entre dois gaúchos copeiros.