Quando se fala em confinamento, a primeira coisa que vem à mente é a alimentação do gado. O que vai para a engorda no cocho do animal é sim importante; afinal, ganhar a média de 200 quilos, em poucos meses, não é tarefa fácil e requer planejamento. A qualidade da carcaça produzida no confinamento depende do bom desempenho na fase de cria e recria.

Um bom produto de confinamento se dá a partir de animais sadios, fortes, robustos, com bom desenvolvimento muscular (carne) e gordura suficiente para dar o sabor e proporcionar boa cobertura de carcaça. Mas,?quando o pecuarista pensa em investir, até mesmo no semiconfinamento, uma lista de necessidades vem à tona. Por isso, a ordem é "gerenciamento". Contar com uma equipe capacitada, inclusive de veterinários, para que o animal no pasto seja observado todos os dias. Medicamentos e vacinas fazem parte do início do processo de engorda. Algumas servem para prevenção da fasciolose, conhecida como?baratinha do fígado?e o botulismo.

Os veterinários são enfáticos no que diz respeito à observação do animal antes de entrar no confinamento, pois ele deve estar em boas condições sanitárias para performar bem durante o período. O animal tem que ser avaliado já na chegada. Se algum estiver doente, deve por exemplo, ser separado dos lotes em currais afastados ou ser encaminhado para uma enfermaria ou hospital, se necessário. Também no manejo de entrada, a recomendação é vermifugar os animais com Sulfóxido de albendazole1 e vacinar contra as clostridioses2. As doenças que, geralmente, atingem os bovinos confinados, de acordo com especialistas, são: clostridioses, cisticercose, pneumonias, pododermatites, poliencefalomalácia, desordens metabólicas/digestivas e dermatites (feridas e infecções de pele).

E, nesta época do ano, o alerta precisa ser maior ainda. Neste período seco de inverno, em que as noites são frias; e os dias, quentes, há as chamadas inversões térmicas que, junto à formação de poeira, os animais estão mais propensos a ter pneumonias. Uma pneumonia subclínica, por exemplo, pode fazer com que o animal deixe de ganhar de 50 a 200 gramas por dia. Ao final de 90 dias, período do confinamento, se três bois apresentarem o problema, a perda chega de uma a quatro arrobas. "Por isso, o criador não deve se preocupar somente com uma boa compra do animal. Muitas vezes, ele esquece dos cuidados necessários com a sanidade, para que o retorno seja o melhor possível", afirma o veterinário Flávio Guerreiro.

Até mesmo o comportamento influencia. Ainda de acordo com o veterinário, um bovino é capaz de reconhecer e estabelecer interação com no máximo 150 outros bovinos, por isso lotes muito grandes e confinados acabam estabelecendo períodos de competição mais prolongados. "Até que a liderança seja estabelecida, a maioria dos animais perde peso ou apresenta um ganho de peso deficiente neste período", afirma Flávio. Na hora da alimentação, o cocho deve e precisa ter sombreamento ideal. A estratégia de acordo com os veterinários é deixar sombra para o gado no fundo do curral e não sobre o cocho. O sombreamento que fica no cocho é suficiente sim para manter a qualidade do alimento, protege o cocho contra a chuva. Mas a sombra no curral é bem mais eficaz para o bem estar do gado. ?

Sem contar que, ?se a área de sombra sobre o cocho for grande, ela vai atrair os animais para o descanso, aumentando, assim, o volume de matéria orgânica, como urina e fezes, predispondo a alguns problemas. Os cuidados se estendem na hora de limpar o cocho. Para a pecuarista da Gleba Rio Vermelho, Geislaine Fernandes da Silva, hoje quem investe em confinamento e semiconfinamento conta com um grande aliado, o cocho bag. Trata-se de um espaço onde o animal se alimenta mais de forma versátil, com baixo custo. O cocho bag já é fabricado em Mato Grosso pela empresa ReciclaBag que está no mercado desde 2008. O cocho é feito de um tecido reciclável, 100% virgem, de polipropileno e polietileno, tratado contra raios ultravioleta.

Sobre as vantagens do cocho bag, Geislaine Fernandes declara: "Utilizamos o cocho bag não só pela facilidade e custo benefício, mas também porque ele é mais leve e prático de montar. Como faço rotação no sítio de acordo com a época do ano, esse cocho para gado me facilita”. E continua a pecuarista: “Temos 17cochos na propriedade e fazemos a montagem deles de acordo com a demanda de gado de engorda e gado leiteiro, instalamos de acordo com a necessidade. Digo pela experiência que o cocho de plástico resseca no sol e o de cimento machuca o animal, sem contar que se degrada. O cocho bag eu monto e desmonto a hora que eu quiser". Caso deseje conhecer mais sobre o cocho bag, acesse?www.cochobag.com.br.