Lava Jato: repasses ilegais continuam mesmo após 18ª fase da operação

Redação PH

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Lava Jato: repasses ilegais continuam mesmo após 18ª fase da operação

Os repasses ilegais dos esquemas de corrupção, investigados pela Lava Jato, continuaram mesmo após 18 fases da operação, segundo os investigadores. Para o procurador Roberson Pozzobon, os operadores mostraram "audácia" ao continuar desviando dinheiro mesmo com as investigações em andamento. Ele afirmou que esse é um argumento em defesa das prisões cautelares.

Ainda durante a coletiva de impresa, o delegado da PF (Polícia Federal) Igor Romário de Paula disse que não é possível acreditar que a operação vá acabar com a corrupção no país. Ele defendeu as delações premiadas e falou que elas ajudaram a revelar fatos e documentos.

Nesta 18ª fase da Lava Jato, batizada com Pixuleco 2, o ex-vereador do PT de Americana, em São Paulo, Alexandre Corrêa de Oliveira Romano foi preso e apontado como operador de repasses envolvendo a empresa de software Consist antes do lobista Milton Pascowitch, que acertou no começo de julho delação premiada. Ele também tinha ligaçõs de propina com o ex-ministro José Dirceu, detido na fase anterior. Ele será levado para Curitiba.

Romano é suspeito de arrecadar valores que superam R$ 50 milhões em contratos de crédito consignado no Ministério do Planejamento.

O foco das investigações desta fase é o cumprimento de medidas cautelares em relação ao operador identificado a partir da deflagração da fase anterior, responsável por arrecadar valores relacionados a vantagens ilícitas que superam os R$ 50 milhões.

O dinheiro foi obtido a partir de contrato no âmbito de crédito consignado junto ao Ministério do Planejamento, cuja participação fora confirmada com o recebimento de valores por meio de empresas de fachada e pagamentos realizados por ordem do operador.

O preso será levado para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerá à disposição do juízo da 13ª Vara da Justiça Federal.

Cerca de 70 Policiais Federais cumpriram 11 mandados judiciais, sendo 10 de busca e apreensão e 1 de prisão temporária, nas localidades de Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Curitiba.

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