Justiça bloqueia mais de R$ 207 mil de investigados na Lava Jato

Redação PH

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Justiça bloqueia mais de R$ 207 mil de investigados na Lava Jato

A Justiça Federal do Paraná bloqueou R$ 207.675,85 de três novos investigados pela Operação Lava Jato. O valor é referente a bloqueios em contas dos empresários Mário Mendonça Goes, João Gualberto Pereira Neto e Gilson João Pereira, além da empresa RioMarine. O bloqueio foi determinado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela operação na primeira instância.

Mário Goes é citado nas investigações como suspeito de ser um dos operadores do esquema de pagamento de propina envolvendo a empresa Arxo. Ele está preso preventivamente na Supertintendência da Polícia Federal em Curitiba. Nas contas dele, foram bloqueados R$ 5.502,96. Nas contas da RioMarine, empresa de Goes, foram retidos outros R$ 83.267,49.

Em depoimento prestado ao Ministério Público Federal (MPF), uma ex-funcionária da Arxo disse que Mário Góes recebeu em diversas oportunidades valores em espécie na sede da empresa. Em contrapartida, ele passava informações privilegiadas, contribuindo para que a Arxo fosse fornecedora exclusiva de determinados produtos para a Petrobras.

Góes também foi citado por Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da Petrobras, em delação premiada. De acordo com Barusco, Góes atuou como operador financeiro em nome de várias empresas contratadas pela Petrobras.

O delator afirmou que as reuniões com Góes serviam para o que ele chamou de “encontro de contas”: a conferência, contrato a contrato, dos pagamentos de propina que já haviam sido feitos, e os que estavam pendentes.

Arxo

A Justiça do Paraná também bloqueou R$ 84.686,61 em contas de João Gualberto Pereira Neto e R$ 34.218,79 em contas de Gilson João Pereira. Os dois investigados são sócios da empresa Arxo. De acordo com as investigações, os empresários teriam pago propina para obter contratos na BR Distribuidora. Os dois foram presos pela Lava Jato.

A empresa Arxo, de construção de tanques de combustíveis, tem sede em Balneário Piçarras, no Litoral Norte de Santa Catarina, é suspeita de estar envolvida em um esquema de pagamento de propina relacionada à Operação Lava Jato. Segundo a Polícia Federal, a companhia tem negócios com a BR Distribuidora.

Foram apreendidos na sede da empresa R$ 3,186 milhões. Segundo os policiais, as notas estavam divididas em reais, dólares e euros. Além do dinheiro em espécie, também foram apreendidos 518 relógios de luxo, 35 obras de arte e cinco veículos de alto valor de mercado.

Em nota divulgada à imprensa, a Arxo afirma que o dinheiro encontrado no cofre da empresa seria utilizado em "pagamentos da empresa”. O procurador jurídico da companhia, Charles Zimmermann, disse no comunicado que todos os valores foram “contabilizados”.

“Havendo indícios de fraude, o que não é o caso da Arxo, que está tudo contabilizado, é apurado o tipo de crime praticado”, destacou Zimmermann na nota.

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