Inaugurada há menos de dois anos, MS-436 tem rachaduras e buracos

Redação PH

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Inaugurada há menos de dois anos, MS-436 tem rachaduras e buracos

A MS-436, inaugurada há menos de dois anos, está com diversas rachaduras, imperfeições e buracos no asfalto. Além disso, as pedras usadas para a pavimentação estão se soltando. Essas condições deixam o tráfego pela estrada perigoso. Localizada no norte de Mato Grosso do Sul, a rodovia tem início em Camapuã, passa por Figueirão e termina em Alcinópolis.

O titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Ednei Marcelo Miglioli, disse que técnicos do governo já foram até a rodovia para avaliar a situação. A construtora Sanches Tripoloni, responsável pela obra, informou que a pavimentação foi feita dentro das especificações do projeto e do padrão contratado pelo governo. O ex-secretário de Infraestrutura do estado, Edson Giroto, afirmou que está em viagem e prometeu dar explicações nesta quinta-feira (22).

Ao longo da estrada, muitos motoristas reclamam dos prejuízos. O pecuarista Rubens Carlos de Rezende teve o para-brisa do caminhão trincado duas vezes, por conta das pedras que se soltaram do asfalto. "Um carro passou por mim e jogou pedra. Muita pedra solta nessa buraqueira”, relatou Rubens.

Veículos passam e jogam as pedras no acostamento, deixando uma grande quantidade do material na beira da estrada. As pedras também ficam na pista, e, por conta disso, motoristas mudam de faixa para desviar do asfalto danificado.

Os remendos não suportam o peso dos veículos e o asfalto se desmancha quando os veículos passam. Em um dos trechos da rodovia, onde muitos caminhões passam, a espessura da camada do asfalto é fina, com apenas quatro centímetros.

"Não aguenta o tráfego de caminhão pesado. Todo o dia vai passando e desgastando o asfalto. O caminhão vai passando e vai arrancando o próprio asfalto", disse o caminhoneiro Calixto Ramos Amorim.

Os moradores da região esperavam que o asfalto fosse de melhor qualidade, já que foram investidos R$ 215 milhões para pavimentar a estrada. Cada quilômetro custou aos cofres públicos R$ 1,3 milhão.

Para o engenheiro civil Marcus Menezes Silveira, especialista em pavimentação asfáltica, não é normal uma estrada asfaltada dar problemas em menos de dois anos de uso.

“Normalmente, as estradas têm uma vida útil de, no mínimo, dez anos. Logicamente, nesses dez anos, pode haver alguma correção. Mas não pode apresentar, por exemplo, defeitos generalizados a menos desse tempo. Nós temos que dar uma olhada no projeto. Seguiu o projeto? Seguiu. Aí vamos para a execução. Tem problemas de execução? Vai ter que refazer aqueles pontos, até os cinco anos vai ter que resolver esses problemas, porque a empreiteira tem que dar conta. Lembre-se que o estado continua sendo o cliente”, explicou.

Miglioli afirmou que já entrou em contato com a empreiteira para saber se técnicos da empresa poderiam participar dos levantamentos para identificar os problemas e quais as medidas devem ser tomadas no futuro.

“Apesar de a obra ter sido entregue, existe compromisso contratual de responsabilidade sobre o serviço executado, e nós vamos nos pautar no contrato. Caso seja de responsabilidade da construtora e a obra esteja dentro do prazo de garantia legal do contrato, nós vamos acioná-la para que ela tome as devidas providências e as correções. Não sendo responsabilidade da contratada e sim do órgão, nós vamos ver que providências tomar”, garantiu o secretário da Seinfra.

Na semana que vem, representantes da empreiteira e do governo do estado vão se reunir para avaliar o problema.

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