A espera cirúrgica dos seis hospitais do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro, foi reduzida à metade desde janeiro – de 16.924 para 8.465 cirurgias. Dados do primeiro semestre do ano, de acordo com a pasta, indicam que houve 23,2 mil cirurgias de média e alta complexidade, 400,3 mil consultas ambulatoriais e 57,4 mil atendimentos de emergência na rede hospitalar.
A meta é zerar a fila judicializada para cirurgias dos hospitais federais de Ipanema, Cardoso Fontes, Andaraí, Bonsucesso, dos Servidores do Estado e da Lagoa até o fim de outubro.
“São dados relevantes porque a fila é dinâmica, já que, todos os dias, ingressam novos pacientes para cirurgias na rede”, afirma o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde, Marcus Vinicius Dias. “A reestruturação que estamos fazendo nos seis hospitais deve melhorar ainda mais o desempenho cirúrgico e de ocupação de leitos, aproveitamento de insumos, medicamentos e recursos humanos e financeiros.”
Com a reestruturação, é previsto o aumento em 20% do atendimento especializado em oncologia, ortopedia e cardiologia realizado nos seis hospitais – maiores demandas em média e alta complexidade na rede. A medida prevê a especialização de cada uma das unidades hospitalares em determinadas áreas de atuação.
Especialização
Essa especialização das unidades tem como objetivos o aumento do número de procedimentos realizados e a maior qualificação das equipes de profissionais. Setores com baixa produção em uma unidade estão sendo realocados para outra, onde a estrutura existente poderá ser melhor aproveitada pela população.
É prevista a criação de centros de cirurgias ortopédicas de joelho e quadril nos hospitais federais de Ipanema (HFI) e dos Servidores do Estado (HFSE). O HFSE também deve receber um centro ortopédico de cirurgias da coluna. As cirurgias vasculares que ocorrem no HFI devem ser realocadas para o Hospital Federal da Lagoa (HFL).
Para viabilizar a medida, está em andamento o processo de especialização das unidades federais no Rio de Janeiro com a consultoria de profissionais do hospital Sírio-Libanês (SP), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS).