Vinte contratos de serviços e obras da Copa do Mundo na Grande Cuiabá, inclusive o do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), foram renovados pelo governo do estado de Mato Grosso e agora devem passar a valer por mais 180 dias. A medida foi publicada na edição que circula nesta quarta-feira (8) do Diário OfIcial do Estado (DOE).
Além do VLT, cujo contrato foi suspenso pela Justiça Federal por 75 dias no dia anterior, foram aditados os contratos para obras como as dos Centros Oficiais de Treinamento da Barra do Pari (em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá) e do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), bem como da restauração do córrego 8 de Abril (Mané Pinto), da construção do viaduto Dom Orlando Chaves, do complexo viário do Tijucal, da construção da Avenida Parque do Barbado, da duplicação da estrada da Guarita, da reforma e ampliação do Aeroporto Marechal Rondon, da duplicação da Estrada do Moinho e de contenção e recuperação do “Morro do Despraiado” (também denominado Morro Xavantes e que passou a oferecer riscos após a entrega da obra do viaduto do Despraiado).
Também foram aditados contratos referentes à aquisição de aparelhos e mobiliário esportivo para o estádio Arena Pantanal, lotes de asfaltamento de vias urbanas em Cuiabá e Várzea Grande, instalação de iluminação pública e serviços de gerenciamento de obras.
Os termos aditivos aos contratos originários da antiga Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), extinta pelo governador Pedro Taques (PDT), foram assinados pela Secretaria de estado de Cidades (Secid), herdeira dos projetos pendentes da Copa.
De acordo com o titular da secretaria, Eduardo Chiletto, o aditamento dos contratos foi necessário para que eles passassem à responsabilidade da Secid, incumbida agora de analisar o estado das obras e dos serviços e retomar os projetos pendentes. “Esses 180 dias são só um primeiro passo para iniciarmos esse processo”, esclareceu o secretário.
Ele lembrou que, durante esse período, algumas obras terão condições de serem concluídas enquanto outras ainda necessitarão de mais prazos a serem avaliados. Além dos prazos, deverão ser avaliadas as condições que o governo terá de retomar as obras, ponderou o secretário.
Segundo ele, o governador anterior, Silval Barbosa (PMDB), não deixou recursos disponíveis para a conclusão dos trabalhos. Os valores não foram sequer previstos na Lei Orçamentária Anual para 2015 e, agora, o governo terá de implementar estratégias para viabilizar cerca de R$ 155 milhões para a conclusão dos projetos – com exceção do VLT.
