Futuro da inseminação artificial em tempo fixo será debatido em Rondonópolis

Redação PH

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Futuro da inseminação artificial em tempo fixo será debatido em Rondonópolis

O 1º Simpósio de Pecuária de Corte que será realizado em Rondonópolis (MT), no próximo dia 7 de maio, vai trazer a discussão sobre o futuro da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O médico veterinário e professor da Universidade de São Paulo, Ed Hoffmann Madureira vai ministrar a palestra com o tema “2005-2015, uma década de uso crescente da IATF: onde estamos e onde podemos chegar?”.

A inseminação artificial (IA) tem como sua principal limitação a eficiência de detecção de estros, que é o conjunto de fenômenos e comportamentos que precedem e acompanham a ovulação nos mamíferos de sexo feminino. Desde a década de 1950, com a possibilidade de se utilizar o sêmen congelado, cientistas, prestadores de serviço e pecuaristas vêm buscando uma solução para o problema. Na década de 70, surgiram vários tratamentos hormonais, que possibilitavam a sincronização do estro, mas ainda era necessária a detecção dos mesmos para que a IA pudesse ser realizada, no momento correto.

Na década de 90, surgiram os programas de sincronização da ovulação que possibilitavam uma IA, num momento pré-fixado e, portanto, sem necessidade de detecção dos estros. Surgiram assim, os protocolos de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo). Os protocolos vêm sendo aprimorados desde então. Em 2002, foram praticadas cerca de 600.000 IATF.

Em 2006, foram 2 milhões e, desde então, ela vem sendo utilizada de maneira crescente, perfazendo algo em torno de 10 milhões de IATF em 2014. Hoje, um pouco mais da metade das IA no Brasil é realizada por IATF.

Os protocolos estão bem ajustados, os produtos veterinários utilizados para sincronização têm sua qualidade bem controlada pelos fabricantes e são fiscalizados pelo MAPA. A qualidade do sêmen também não é um fator limitante, desde que adquirido de empresas idôneas.

“Portanto, quais caminhos devemos trilhar, nos próximos 10 anos, considerando os novos desafios/oportunidades de mercado? Certamente devemos investir mais em sanidade e manejo de nossas matrizes, para que respondam melhor aos programas reprodutivos e consigamos obter significativos aumentos de produtividade e rentabilidade. Nossos questionamentos devem incluir o que podemos fazer para obter melhorias de recursos humanos no campo, uso racional do solo, pastagens e água, nos programas de suplementações alimentares estratégicas, tendo em mente que nossa pecuária deve ser produtiva, rentável e sustentável. Mais do que nunca, a criatividade, a inovação e a tecnologia estiveram tão sinergicamente unidas, a serviço da arte de criar animais”, explicou o médico veterinário, Ed Hoffmann Madureira.

O 1º Simpósio de Pecuária de Corte também trará a palestra do gerente de Inteligência de Mercado da empresa Minerva Foods, Leonardo Alencar com o tema “Mercado: cenário econômico e o futuro da pecuária de corte”.

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