França põe Renault e ‘outras marcas’ sob suspeita por causa de poluentes

Redação PH

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França põe Renault e ‘outras marcas’ sob suspeita por causa de poluentes

O governo francês afirmou nesta quinta-feira (14) que resultados preliminares de testes com motores a diesel apontam que a Renault e "várias fabricantes de outros países" descumprem normas de emissões de CO2 e óxidos de nitrogênio. Mas afastou comparações com o escândalo da Volkswagen que, em setembro, assumiu o uso de um programa de computador que burla testes de emissões de poluentes.
A ministra do Meio Ambiente, Ségolène Royal, disse que não foram detectados "programas informáticos de fraude" nos veículos examinados a pedido do governo, salvo em dois da Volkswagen.
Ela falou à imprensa horas depois das notícias de que os escritórios da montadora francesa foram alvos de buscas policiais. Rumores de que a empresa estaria sob suspeita de fraude de emissão de poluentes fizeram as ações da Renault caírem nesta quinta.
Ségolène explicou que o governo está testando carros a diesel de 8 marcas: Renault, Peugeot-Citroën, Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford, Opel (braço europeu da General Motors), Toyota e BMW. Ela não informou, no entanto, todas as que estão sob suspeita de desrespeitar os níveis de emissão de poluentes.
Em etapas posteriores, serão examinados carros da Nissan, Volvo, Suzuki e Fiat.
"Confio na Renault, que é uma grande indústria francesa", declarou a ministra, em coletiva de imprensa. O governo francês é dono de 15% da companhia.
Em outubro, um grupo ambiental indicou que a minivan Renault Space emitiria 25 vezes mais poluentes tóxicos do que o permitido pela legislação na Europa, mas a montadora contestou o resultado dos testes feitos independentemente.
Busca e apreensão
Mais cedo, a Renault confirmou que houve operação de busca e apreensão da polícia em seus escritórios, nesta quinta. A ministra disse que essas operações não têm "nada a ver" com os testes realizados pela comissão, sem oferecer maiores detalhes.
A bolsa de Paris fechou em baixa nesta quinta provocada em grande parte pela queda de 10% das ações da montadora. Durante o dia, a queda chegou a ser de 20%.
Em setembro passado, dias após o escândalo da Volkswagen estourar, uma reportagem da revista alemã "Auto Bild" afirmou que teve acesso a dados do Conselho Internacional De Transporte Limpo (ICCT, na sigla em inglês) que apontam que o X3 xDrive apresentou, em testes de rodagem, níveis de emissões 11 vezes maiores que a norma europeia.
Horas depois, a publicação se retratou, divulgando novo artigo em seu site com o título "Não há indício de manipulação na BMW", dizendo que "não há indícios de que o BMW X3 xDrive 20d seja um novo caso de fraude em dados sobre poluentes".

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