Fotógrafo revela drama dos incêndios florestais em exposição que abre nesta sexta-feira

Redação PH

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Fotógrafo revela drama dos incêndios florestais em exposição que abre nesta sexta-feira

O fotógrafo Aruã Callil se uniu a brigadistas doInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)para vivenciar de perto a jornada destes heróis anônimos que se arriscam ao se embrenhar na mata em chamas. Envolvidos em uma verdadeira batalha, eles lutam para conter o avanço do fogo e tentar minimizar o cenário de destruição. Os danos das queimadas se repetem intoleravelmente todos os anos e é neste momento crítico que a exuberância das cores do bioma dá lugar a tons dramáticos.

O resultado desta incursão você confere na exposição (Com)Sequências, que abre nesta sexta-feira (30), às 20 horas, no Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT. O projeto foi aprovado por edital da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e tem apoio da Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev/UFMT), por meio do Museu de Arte e Cultura Popular.

Municiado de seus equipamentos fotográficos percorreu trilhas tortuosas, desviando do fogo e encarando as mais altas temperaturas. Em todo seu trajeto, viu as linhas de fogo a perder de vista durante a noite que se transformaram em um rastro de cinzas no dia seguinte. Foi então que surgiu o projeto da exposição (Com)Sequências que registra todos os passos de uma experiência perturbadora.

Segundo Callil, a ambiguidade do nome escolhido para a mostra, revela a beleza inquietante que reside no caos, bem como suscita reflexões sobre o futuro que queremos.

“Sobre o Cerrado, sim, o fogo faz parte de seu desenvolvimento natural. Porém, ele se delineia em um processo de autocombustão, no período chuvoso por meio de raios, logo procedidos pela chuva. O que retrato aqui é um incêndio que se dissipa no período de seca causado principalmente pela ação humana e traz danos incontáveis”, explica.

Apostando no recurso da longa exposição, apresenta imagens que hipnotizam. A variação dos tons de cinza que tomam a paisagem depois do incêndio são de extrema beleza. Para o ambiente fechado, ele buscou inspiração no cenário soturno que vivenciou. A iluminação é intimista, há elementos que remetem ao Cerrado queimado, equipamentos utilizados pelos brigadistas e ainda, uma vídeo instalação de perder o fôlego! É preciso que o espectador vislumbre e compartilhe do mesmo sentimento de revolta.

“O poder que a fotografia tem de capturar a essência de uma realidade e trazê-la aos que a admiram é algo extraordinário e espero que essas imagens emocionem e transformem a consciência de cada um, como mudou a minha perspectiva depois deste projeto”, diz.

A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e aos sábados, das 14 às 18h. A entrada é gratuita.

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