Fisiculturista que caiu de prédio relatou agressão

Redação PH

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Fisiculturista que caiu de prédio relatou agressão

A fisiculturista Renata Muggiatti, de 32 anos, que caiu da janela do prédio onde morava, no Centro de Curitiba, na madrugada de sábado (12), mandou mensagens pelo Facebook para o advogado criminalista Cláudio Dalledone pedindo por socorro seis dias antes da morte.

A jovem também argumentou que foi agredida pelo namorado e enviou fotos ao advogado para comprovar.

Ao G1, o Dalledone disse que tentou orientá-la, mas que não a conhecia pessoalmente. "Não sei como ela veio até mim, mas acho que foi uma referência pelo nome, talvez". O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Curitiba.

Advogado disse que Renata lhe enviou fotos para
mostrar as agressões do namorado dia antes
de morrer (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo a Polícia Civil, o namorado dela, Raphael Suss Marques, estava no apartamento no momento da morte, e afirmou que Renata estava em depressão, fazendo tratamento psiquiátrico. Disse, ainda, que ela havia tentado pular da janela do apartamento onde ambos moravam em duas oportunidades anteriores, mas que ele havia conseguido intervir. Desta vez, ele afirmou que estava em outro cômodo e nada pode fazer.

Raphael foi ouvido e liberado pela polícia ainda no sábado. Os detalhes do depoimento não foram divulgados. O advogado dele, Arlindo Fernandes Júnior, disse que desconhece qualquer tipo de agressão contra Renata por parte de seu cliente. "Na verdade ela estava em um estado depressivo e ele queria por fim ao relacionamento. Aí ela não aceitava e fazia chantagens emocionais dizendo que queria se matar", argumentou a defesa.

O advogado da família de Renata não foi localizado pelo G1.

Relacionamento conturbado

Segundo a polícia, foram colhidos relatos de que Renata Muggiatti e o namorado tinham um relacionamento difícil.
No feriado da Independência, a Polícia Militar atendeu a uma ocorrência envolvendo o casal. "À 0h33 do dia 7 eu fui solicitado a socorrer uma pessoa que eu não conhecia. Eu travei um diálogo com ela. Ela me pedia socorro, me pedia ajuda e dizia que estava sendo espancada. Eu perguntei se ela estava correndo perigo, e ela me disse que naquele momento não porque ela avistava policiais próximos dali", contou Dalledone.

"Aí ela me mandou quatro fotos mostrando as lesões. Eu disse pra ela fazer um boletim de ocorrência e tal. Daí ela começou a desabafar dizendo que há muito tempo estava sendo espancada. Aí ela se referiu a outras agressões e me mandou mais três fotos", acrescentou o advogado.

Dalledone disse que voltou a insistir para que Renata procurasse a polícia para relatar o caso, mas ela argumentou que o namorado era alcoólatra e que ela teria problemas para fazer isso.

Depois de saber da morte da fisiculturista, o advogado contou que se deu conta que era a mesma pessoa que havia pedido ajuda e relatou o caso às autoridades. "Eu só não avisei a polícia antes porque quando ela me procurou eu perguntei se ela estava correndo perigo, e ela justificou que não justamente porque havia policiais por perto do local", argumentou o advogado. Se fosse o contrário, Dalledone argumentou que teria avisado a polícia imediatamente.

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