Instituições muçulmanas no Brasil e no mundo condenaram o atentado à sede da revista satírica francesa Charlie Hebdo em Paris, que deixou pelo menos 12 mortos e vários feridos nesa quarta-feira (11).
Em entrevista à GloboNews, Ali Hussein El Zoghbi, vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, disse que "os acontecimentos não tem nada a ver com os princípios islâmicos".
"São princípios totalmente contrários à qualquer tipo de agressão. É uma religião de paz. É uma religião que sempre apregoa a liberdade de pensamento", afirmou El Zoghbi.
"Ver o nosso islamismo sendo rotulados por uma minoria extremista é muito lamentável. Estamos com a dor dessas perdas de seres humanos", acrescentou.
A Al Azhar, mais prestigiada instituição do Islã sunita, classificou o ataque como criminoso. Em uma breve nota, a Al Azhar, cuja sede está em Cairo, afirmou que "o islã rejeita todo tipo de ato de violência", segundo a agência EFE.
A polícia francesa procura três homens apontados como autores do atentado contra membros da redação da revista.
Desde a divulgação da primeira charge, o 'Charlie Hebdo' sofreu ataques constantes, o último em 2013, quando hackers tentaram invadir o site da revista por causa da publicação de um suplemento especial com uma biografia de Maomé em forma de história em quadrinhos.