Na manhã desta segunda-feira (16.07), o presidente regional do PSD e pré-candidato ao Senado Federal, Carlos Fávaro, concedeu entrevista à Rádio Conti do município de Pontal do Araguaia (520 km de Cuiabá).

Entre diversos assuntos, Fávaro destacou as ações desenvolvidas durante o período que esteve frente à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

“Nosso objetivo sempre foi modernizar procedimentos e aperfeiçoar a gestão sem precarizar o meio ambiente e, com isso, conseguimos fazer com que a Secretaria fosse menos atrapalhadora”.

“Reduzimos o tempo médio de licenciamento para 157 dias, o que nunca havia ocorrido no estado. Além disso, fizemos vários investimentos, em Barra do Garças, por exemplo, foi feita a reforma das escadarias que dá acesso ao Cristo, no Parque da Serra Azul e a reestruturação da sede da Sema”, disse.

Fávaro também destacou a restruturação de mais sete parques no estado e o acesso a recursos internacionais pela primeira vez na história da gestão ambiental mato-grossense.

“Recebemos R$ 174 milhões de organizações internacionais pelas ações desenvolvidas. Mato Grosso tem sido eficiente no combate ao desmatamento, sem atrapalhar o desenvolvimento. É possível cuidarmos do meio ambiente e produzirmos de forma sustentável”, garantiu.

Sobre o cenário político, Fávaro destacou que não é fácil se apresentar na política em um momento em que a população está indignada com tantos casos de corrupção.

“Nos últimos anos, todos os dias surgem notícias de operações policiais e casos de corrupção  envolvendo políticos, assessores e empresários”.

“Apesar disso tudo, sou otimista, e as pessoas de bem precisam participar para que ocorram mudanças. É importante que a população critique e cobre dos políticos, precisamos dessa participação popular para ter pessoas realmente comprometidas com o coletivo”, finalizou.

Durante a entrevista, o pré-candidato também falou sobre sua renúncia do cargo de vice-governador.

“A renúncia foi uma decisão partidária e, com esse novo projeto, não seria justo fazer isso com salário e estrutura de vice-governador, com carro, segurança, motorista, equipe.. tudo pago pelo povo mato-grossense”.

“Isso seria um desrespeito com a população. Além disso, precisava de liberdade para apontar o que julgava errado e para conversar com outros partidos visando a construção de propostas efetivas para o estado”.

Segundo ele, Mato Grosso é um estado rico e próspero, precisa somente de uma boa gestão.  “Bem administrado, superamos esse momento difícil, pois não dá para culpar a crise, já que o orçamento do estado em 2018 foi de R$ 25 bilhões”.

“Quando assumimos, em 2015, o orçamento era de R$ 17 bilhões, ou seja, teve um crescimento de R$ 8 bilhões, além dos anos anteriores. Não falta dinheiro, falta critério para eleger prioridades”, disse.

Fávaro também ressaltou os problemas de infraestrutura logística no estado. “Nosso estado é gigante e por isso tem muita carência nesse setor. São 25 mil km de rodovias estaduais não pavimentadas e, quando assumi como vice, acreditei que a infraestrutura seria prioridade para o governo do qual fazia parte, tanto que ajudei a convencer os produtores a dobrar o Fethab – Fundo Estadual de Transporte e Habitação. Entretanto, assim como o governo anterior, a gestão atual também estava desviando esses recursos para outras finalidades”.

Ele explica que, nessas eleições, o PSD será mais cauteloso nas alianças políticas. “Nós acreditávamos que o governo atual realmente transformaria o estado. Mas com o passar do tempo, percebemos que o senador que foi destemido e corajoso, não estava fazendo as reformas e as transformações importantes para o estado. Internamento eu falava, mas me comportava como vice.

Nós cumprimos nossa parte, ficamos na base de apoio, respeitamos e ajudamos em tudo que pudemos, mas chega um momento em que nós temos que discutir um projeto futuro”.

O pré-candidato enfatizou a importância do partido no cenário político. “Atualmente, temos a maior bancada da Assembleia Legislativa com cinco deputados, é o segundo com maior número de prefeitos, 26, além de 21 vice-prefeitos, 188 vereadores, sendo que 25 são presidentes de Câmaras Municipais”.

“Temos um time muito forte e em partido dessa magnitude será decisivo nas eleições e vamos trabalhar muito para que as políticas públicas que a população tanto deseja se tornem realidade, fazer um Mato Grosso para os mato-grossenses”, afirmou o presidente do partido.

De acordo com ele, em breve, o PSD anunciará com quem irá compor a majoritária. “Estamos nas tratativas finais, nos próximos dias iremos divulgar quem será nosso candidato a governador”.

“Vamos buscar um chapão para deputados estaduais e federais e estaremos unidos em um projeto com pessoas comprometidas. Serei muito criterioso com quem estarei no palanque porque quero apoiar um governo que honre os compromissos com a sociedade mato-grossense”, enfatizou.