O incipiente setor de drones está no meio de uma mudança, com a fraca demanda dos consumidores e a queda nos preços levando startups a mudar o foco para uso empresarial especializado.
A 3D Robotics, startup precoce de drones que captou mais de US$ 125 milhões com investidores, viu seu negócio voltado a consumidores quase quebrar. Esta semana, a empresa revelou uma nova estratégia comercial anunciando um drone equipado com uma câmera com softwares projetado para construtoras.
A GoPro anunciou nesta semana um recall de cerca de 2,5 mil drones e a devolução do dinheiro poucas semanas após chegar ao mercado – algumas unidades apresentaram súbitas quedas de energia – e não disse quando trocaria o produto. A europeia Zano, que produzia minidrones para consumidores, fechou em 2015.
Embora muitas fabricantes tenham superestimado a demanda, elas agora vêem grandes oportunidades de vender para companhias sob as recém-flexibilizadas regulamentações norte-americanas. Além de robôs voadores, investidores e empreendedores veem perspectivas especialmente fortes em softwares e serviços que podem fazer as imagens aéreas úteis para setores como seguros, construção, agricultura e entretenimento.
A maioria das startups que queriam vender drones para consumidores, frequentemente usados em corridas ou fotografia, foram afetadas pela chinesa DJI. A companhia dominou o mercado ao reduzir os preços. A DJI cortou o preço de seu popular drone Phantom 3, por exemplo, para cerca de US$ 300, ante quase US$ 1 mil no início de 2016.
Após fechar armazéns e fábricas e dispensar funcionários, a 3D Robotics descartou o negócio voltado a consumidores, disse o presidente-executivo da empresa, Chris Anderson, apesar de ter um estoque de drones nas prateleiras das lojas Best Buy. Eles estão sendo vendidos agora por um terço do preço original.