“Fábio Garcia deve estar com amnésia ao falar de calote”, diz Casa Civil

Redação PH

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“Fábio Garcia deve estar com amnésia ao falar de calote”, diz Casa Civil
Reprodução - Foto -Assessoria

“Fábio Garcia deve estar com amnésia ao falar de calote”, diz Casa Civil

O secretário-chefe da Casa Civil do Governo Pedro Taques (PSDB), Ciro Rodolpho, reagiu ao ataque do candidato a suplente de senador, Fábio Garcia (DEM), sobre o plano de pagamento de credores instituído pelo Poder Executivo nesta semana.

Para Ciro, chamar de calote um plano elaborado para efetuar a quitação de dívidas junto aos fornecedores é desconsiderar a situação deixada pelo Governo Silval Barbosa (MDB).

O chefe da Casa Civil lembrou que a realidade é justamente o contrário do discurso de Garcia, uma vez que no plano de recuperação judicial da empresa do próprio pai do parlamentar existe a afirmação de que o Grupo Engeglobal “quebrou” após calote do Governo Silval.

O grupo assumiu algumas das principais obras da Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá.

“Fábio Garcia deve estar com amnésia quando fala de calote. Quem levou calote foi a empresa do pai dele lá em 2013 e 2014 do Governo Silval. Isso está explícito no plano de recuperação judicial da Engeglobal. O assunto foi amplamente divulgado pela imprensa. Somos um Governo transparente, que trabalha para solucionar todos os problemas que encontramos. O ‘Bom Pagador’ foi um programa que instituímos em 2015 para pagar justamente o calote do Governo Silval. Agora, o que o Governo faz é novamente buscar uma forma de honrar o compromisso com os credores. Que fique claro o que nós estamos fazendo: honrar compromissos. E outra: a adesão é voluntária”, disse Ciro.

Culpando a crise econômica no Brasil e alegando desequilíbrio financeiro e prejuízos superiores a R$ 50 milhões, o Grupo Engeglobal protocolou na 1ª Vara Cível de Cuiabá um pedido de recuperação judicial neste ano.

No pedido, a empresa diz ter sido vítima de “projetos deficientes, inconsistentes e mal elaborados” que, ao longo da execução das obras, “abalaram a saúde da empresa”.

“Diversos problemas e entraves foram enfrentados pelo Grupo Econômico durante a implantação e andamento das obras, que impactaram negativamente os custos dos serviços prestados e foram a causa principal do desequilíbrio econômico atualmente vivenciado”, diz trecho do pedido. A recuperação foi aprovada pela Justiça em junho deste ano.

Na gestão Silval Barbosa (MDB), o grupo Engeglobal ficou responsável pela reforma e ampliação do Aeroporto Marechal Rondon, os dois Centros Oficiais de Treinamento (COTs) da UFMT e do Pari, além da revitalização do Córrego oito de Abril e implantação do coletor tronco. Nenhuma obra foi concluída até hoje.

Em recente entrevista, Fábio Garcia afirmou que muitas empresas passaram por dificuldades financeiras “por causa do calote do Estado”.

Nesta semana, o Governo do Estado instituiu um plano (Decreto 1636/2018) para efetuar a quitação de dívidas, decorrentes de restos a pagar, junto aos fornecedores.

A medida prevê a adesão voluntária dos credores e terá lastro dos recursos no fluxo financeiro do Tesouro Estadual.

Os valores devidos aos credores não terão redução e aqueles que manifestarem interesse no plano poderão optar pelo recebimento em até 11 parcelas.

“Na semana passada, o candidato Mauro Mendes nos atacou com números mal explicados sobre os restos a pagar que pegamos da gestão do MDB que está com ele. Garcia é outro que desconhece as contas do Estado. Agora vem dizer que estamos dando calote nos fornecedores. A própria empresa do pai dele admitiu que recebeu calote do governo passado. Se analisarmos o discurso daqueles que querem assumir o poder, fica claro que há desconhecimento ou má-fé”, concluiu o chefe da Casa Civil.

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