Exército chileno informará sobre seu papel em investigação sobre ditadura

Redação PH

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Exército chileno informará sobre seu papel em investigação sobre ditadura

O Exército do Chile entregará até o fim do ano um relatório sobre a colaboração que prestou nas investigações realizadas depois de 1990 sobre violações dos direitos humanos cometidas na ditadura de Augusto Pinochet.

"Em mais alguns dias esperamos editar uma publicação que será entregue a organismos que têm uma relação direta com os direitos humanos. Nela vamos informar sobre o que a instituição realizou, formalmente, em fatos, sem julgamentos de valor", disse Humberto Oviedo, comandante do Exército, em declarações divulgadas neste sábado no jornal La Tercera.

Após o fim da ditadura de Pinochet (1973-1990) foram abertas investigações sobre violações dos direitos humanos durante o sangrento regime, que deixou mais de 3.200 mortos e desaparecidos e 38.000 torturados.

Oviedo explicou que a intenção do documento é justamente divulgar os gestos concretos realizados pelo Exército para colaborar nestas investigações judiciais, 25 anos após o fim da ditadura.

Instituições de direitos humanos demandaram que o Exército entregue dados sobre a localização dos milhares de desaparecidos deixados pela ditadura de Pinochet, enquanto a própria presidente Michelle Bachelet, detida, torturada e exilada durante o regime, pediu o fim do silêncio e a entrega de informações.

"Enfaticamente não cabem pactos de silêncio na instituição, porque isso estaria descumprindo uma norma legal", afirmou o comandante Oviedo.

Um total de 1.371 agentes da ditadura de Pinochet foram acusados e condenados pela justiça chilena, enquanto ainda estão abertos mais de 1.000 casos contra colaboradores do regime, segundo dados oficiais.

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