Um procedimento administrativo disciplinar foi aberto contra o ex-presidente da Casa de Leis, Waldir Bento (PMDB), para apurar suposta sonegação de impostos em 2013 e 2014. No entanto, o parlamentar não apareceu para ser notificado sobre as supostas irregularidades. Por telefone, ele disse que só irá se manifestar sobre o assunto quando for notificado. A comissão tem o prazo de 60 dias para concluir a investigação.
Waldir Bento é suspeito de não repassar para a Receita Federal e para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) o dinheiro descontado do salário dos servidores da Câmara no período em que esteve na presidência do órgão. Uma comissão tem 60 dias para concluir a investigação.
A presidente da comissão, servidora Nirley da Silva Cavalcanti Oliveira, disse que um relatório da equipe técnica de contabilidade apontou que cerca de R$ 1 milhão deixaram de ser pagos a título de INSS e de imposto de renda. Os descontos foram feitos na folha de pagamento.
A suspeita, segundo os vereadores, é de que o ex-presidente tenha desviado R$ 977 mil. Desse montante, R$ 642 mil seriam do imposto de renda e o restante do INSS.
A investigação pode resultar em uma ação de improbidade administrativa, de acordo com a diretora da Câmara, Marcelle Ramires Pinto Coelho.
Ponto eletrônico
Outra suposta irregularidade na Casa de Leis, como apontou o Ministério Público Estadual (MPE), é a falta de registro de ponto eletrônico dos servidores comissionados. Ao todo, 180 funcionários não batem ponto.
O MPE recomendou que eles começar a registrar os horários de entrada e saída do trabalho. O presidente da Casa, vereador Jânio Calistro, afirmou que o registro seria o pagamento de horas extras, que pode ultrapassar o valor do orçamento. São 21 vereadores e cada um deles tem seis funcionários comissionados.
